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Notícias / Ucrânia

‘Ridículo se não fosse trágico’, comenta Zelensky sobre entrevista proibida na Rússia

O presidente ucraniano concedeu uma entrevista a jornalistas russos, que sofreu um veto do órgão regulador estatal de mídia antes mesmo de ser gravada

Redação Publicado em 29/03/2022, às 13h47

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Entrevista do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com jornalistas russos - Divulgação/Youtube/Meduza
Entrevista do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com jornalistas russos - Divulgação/Youtube/Meduza

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concedeu uma entrevista a quatro jornalistas russos independentes no último domingo, 27, que chegou a durar 90 minutos e sofreu veto do Kremlin antes mesmo de ser gravada.

Como reportou o UOL, o Roskomnadzor, órgão russo regulador estatal de mídia, havia proibido que a imprensa do país publicasse ou repercutisse as declarações do líder da Ucrânia mesmo antes de o conteúdo ter sido liberado.

Tanto durante a conversa com os repórteres russos tanto em um vídeo publicado nas redes sociais posteriormente à divulgação da entrevista, Zelensky criticou a censura prévia do governo de Vladimir Putin.

“[A proibição] seria ridícula se não fosse tão trágica”, afirmou. “Bem, se houve tal reação, então estamos fazendo tudo certo e eles estão nervosos.”

Na vídeochamada com os jornalistas, o presidente ucraniano falou principalmente sobre as negociações entre os dois países, comentando como a neutralidade é uma opção importante para garantir o fim do conflito.

“Garantias de segurança e o status de neutralidade e não nuclear do nosso Estado. Estamos prontos para aceitar isso e isso é o ponto mais importante”, declarou o político, acrescentando que o país está interessado em um “um tratado internacional sério”.

Zelensky também foi questionado sobre qual pensava ser a motivação de Putin para começar a guerra. Segundo ele, o líder russo aparentemente considera a Ucrânia um “perigo”, segundo reportou o UOL.

“Não acho que os planos de Putin sejam estratégicos. Estratégia é sobre o que acontecerá com um país em 100 anos. Não estou em posição de dar conselhos aos russos, mas isso é o que chamo de estratégia. O que acontecerá em cinco gerações? Onde estaremos?”, explicou.

Ele continuou: “Estou interessado no que vai acontecer com a Ucrânia, como cidadão, como pai. Meus filhos vão morar aqui. Putin tem uma abordagem diferente. Ele está focado no dia de hoje. Eu acho que é um erro. Mas não só o seu erro. É também um erro de sua equipe. A festa foi ótima, mas quem vai limpar a bagunça?”.

Você pode assistir à entrevista completa por meio do canal do Youtube do jornal independente russo Meduza, aqui: