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Sacerdotisa peruana de 1700 anos é reconstruída digitalmente por brasileiro

Ela morreu por erro médico

Thiago Lincolins Publicado em 19/07/2017, às 15h40 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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O rosto da famosa 'Senhora de Kanamarca' - Ciceró Moraes
O rosto da famosa 'Senhora de Kanamarca' - Ciceró Moraes

Após 13 anos, o rosto do esqueleto que instigou cientistas do site arqueológico de K'anamarca, na região de Cusco, Peru, pode finalmente ser reconhecido. Os ossos encontrados em 2004, pertenceram a uma mulher que tinha entre 45 e 50 anos quando morreu. Foi apelidada de Señora de K’anamarka.

O trabalho foi feito pelo artista 3D brasileiro Ciceró Moraes em parceria com o Ministério da Cultura do Peru, Direção Desconcentrada de Cusco e a Universidade Inca Garcilaso de la Vega.

A reconstrução facial em 3D / Ciceró Moraes

A partir da fotogrametria, técnica que consiste em transformar imagens que estão no 2D para o plano 3D, o rosto da personagem ganhou vida. "O primeiro passo foi reconstruir o esqueleto, logo em seguida trabalhamos com Ciceró Moraes e a Universidade Inca Garcilaso de la Veja na reconstrução do rosto, foi um longo trabalho", diz o antropólogo físico, Oliver Medina.

O esqueleto foi  encontrado em 2004 pelo líder arqueológico Marco del Pezo Benavides durante as escavações de uma chullpa, antigas torres construídas para sepultar pessoas da elite da sociedade pré-incaica. A famosa "Senhora de Kanamarca ", era uma antiga sacerdotisa que, acreditavam, prevenia as invasões inimigas.

A sacerdotisa não morreu em guerra, mas numa tentativa de trepanação, procedimento onde o crânio do individuo era perfurado na tentativa de eliminar doenças. Era usado contra enxaqueca, epilepsia e transtornos mentais. A maioria dos pacientes sobrevivia.

O crânio perfurado / Ciceró Moraes

A personagem mais famosa do site de K'anamarca, possui 1.48 cm, estatura média para o período. Os arqueólogos pretendem continuar os estudos, mas, por ora, as pessoas podem conhecer o esqueleto completo na Universidade Inca Garcilaso de la Vega, em Lima.