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Notícias / Personagem

Divisora de águas: Sislin Fay Aleen, a primeira oficial negra da polícia de Londres

139 anos após a fundação da Metropolitan Police, a oficial inaugurou a abertura étnica e sexual na corporação

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 10/07/2021, às 07h00

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Sislin em pose de continência para fotografia - Divulgação / Metropolitan Police
Sislin em pose de continência para fotografia - Divulgação / Metropolitan Police

Fundada em 1829, as quase duas décadas da existência da Metropolitan Police — instituição de segurança pública equivalente a Polícia Militar no Brasil — são marcadas pela referência mundial em treinamentos, novas tecnologias e ações por toda a Região Metropolitana de Londres, com exceção do centro, onde uma corporação especial foi criada em 1839.

Apesar de ser um exemplo internacionalmente pelos grandes casos tratados na capital da Inglaterra, a abertura para a inclusão de todos os tipos de pessoas dentro do órgão se deu de maneira gradativa, iniciando apenas com homens e, apenas em 1914, 75 anos depois de sua instauração, abriu vagas para oficiais do sexo feminino, segundo a Associação de Policiais Portadores de Armas de Fogo britânica (PFOA).

Engana-se quem acredita que a inclusão se restringiu ao gênero. 85 anos depois, Sislin Fay Allen se dispôs a servir na corporação mais importante das forças de segurança londrina, sendo a primeira mulher negra na Metropolitan Police. Sua trajetória iniciou em 1968, quando a agente tinha apenas 29 anos de idade, como revela a BBC em reportagem.

Allen posa para fotografia na época de serviço / Crédito: Divulgação / Metropolitan Police

Mulher e preta

Na época da entrada, Allen já atuava como enfermeira no Croydon's Queens Hospital, no pequeno burgo de Croydon, localizado ao sul da capital inglesa. Porém, ficou atiçada com um anúncio de recrutamento de oficiais, observando a descrição de que mulheres também seriam aceitas. Dessa maneira, prestou o concurso e passou a treinar na Peel House.

De acordo com os arquivos da The Open University, o local era um antigo centro de treinamento de recrutas para a Met Police, sendo rapidamente remanejada para a ação nas ruas, instalada na delegacia de Fell Road, próximo de sua família em Croydon, por onde prosseguiu combatendo o crime pelos quatro anos seguintes, até se desligar no ano de 1972.

Apesar de sair da instituição, não trocou de área; conhecida pelos colegas pelas características físicas e pelo empenho, foi convidada ao Departamento de Pessoas Desaparecidas, por onde serviu até viajar para a Jamaica, onde voltou a ser agente policial e exerceu o resto da carreira profissional.

Sislin posa para fotografia com quadro contendo foto da época de agente / Crédito: Divulgação / Metropolitan Police

Legado da pioneira

Mesmo aposentada no país caribenho, Sislin retornou pela última vez ao Reino Unido em 2020, para ser homenageada pela Associação Nacional Negra na Polícia (NBPA).

Na ocasião, ela recebeu um prêmio pela contribuição no período, sendo reconhecida inclusive pela própria Metropolitan Police como uma divisora de águas, permitindo que outros pudessem seguir o mesmo caminho.

Tal fator foi enaltecido na ocasião pelo presidente da NBPA, Andy George, que explicou que a figura de Allen não deve ser subestimada.

"Achamos apropriado nomear um prêmio anual em sua homenagem para mostrar sua contribuição para o policiamento e para garantir que um legado duradouro seja criado em seu nome para reconhecer outros pioneiros no policiamento hoje", afirmou.

A ocasião foi prestigiada com orgulho por parte de Sislin, que aceitou e posou para fotografias com as recordações, sendo sua última aparição pública. Em 5 de julho de 2021, a ex-militar faleceu aos 83 anos de idade em sua residência localizada em Ocho Rios, na Jamaica, acompanhada de seus familiares.


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