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Notícias / Mundo

"Supervermes" que sobrevivem apenas por plástico são descobertos por cientistas

Estudos podem trazer inovações na limpeza de resíduos no mar, saiba mais

Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/06/2022, às 10h13 - Atualizado às 10h15

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Supevermes que se alimetam de isopor - Universidade de Queensland
Supevermes que se alimetam de isopor - Universidade de Queensland

Um grupo de pesquisadores de diversas nações publicaram um estudo na revista ‘Microbial Genomics’ na quinta-feira, 9. É destacado o incrível êxito na descoberta de uma espécie de “supervermes”, sendo quatro vezes maior que uma larva-da-farinha e que consegue se alimentar apenas com a indução de isopor.

Isso significa que esses vermes podem nos ajudar a quebrar o plástico, agindo como biorreatores, que por consequência, reduzem o tempo de biodegradação do material na natureza, principalmente nos oceanos, conforme destacado pelo portal ‘Olhar Digital’.

Os parasitas foram divididos em 3 grupos, definidos pelo seu tipo de alimentação. Um por comer poliestireno, outros por não ingerirem nenhum alimento e o último, o motivo da descoberta e empolgação dos cientistas, ao conseguirem viver apenas ingerindo plástico e isopor. 

Os supervermes em todas as dietas foram capazes de completar seu ciclo de vida para pupas e imago. “Embora os supervermes criados em poliestireno tenham ganhos de peso mínimos, resultando em taxas mais baixas de pupação em comparação com os vermes criados com farelo”, diz um dos relatos presentes no estudo.

Cientistas celebram importância da descoberta

Ainda que os possíveis ganhos ao meio ambiente possam ser grandiosos, em um volume ainda não visto, o professor sênior da universidade australiana de Queensland e autor sênior do estudo, Chris Rinke, alega que não se trata de uma cura milagrosa para o problema ambiental dos plásticos nos oceanos, já que os novos devoradores sofrem com as bactérias presentes no lixo marítimo. Mesmo assim, os pesquisadores se mostraram esperançosos. 

Temos agora um catálogo de todas as enzimas bacterianas codificadas no intestino dos supervermes e planejamos investigar mais as enzimas com capacidade de degradação do poliestireno”, disse Chris Rinke na conclusão do artigo.

Para ele, existe a chance que no futuro possamos retirar os supervermes da equação e criar uma maneira economicamente viável de reciclar os resíduos.

Você pode conferir o estudo completo clicando neste link.