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Notícias / Onça parda

Terceira onça-parda morre atropelada em mesmo ponto de estrada no Rio de Janeiro

Animal, que é ameaçado de extinção, morreu em trecho da rodovia RJ-127

Redação Publicado em 21/07/2022, às 12h12

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Onça-parda atropelada na rodovia RJ-127, em Paracambi, Rio de Janeiro - Divulgação/Izar Aximoff
Onça-parda atropelada na rodovia RJ-127, em Paracambi, Rio de Janeiro - Divulgação/Izar Aximoff

É a terceira vez que uma onça-parda morre por atropelamento no mesmo trecho da rodovia RJ-127, em Paracambi, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O animal, que é o segundo maior felino do continente, morreu no último domingo, 17.

Antes do mais recente acidente, as outras ocorrências foram registradas em abril de 2021 e em novembro de 2016, mostrando como o ponto da estrada fluminense vem sendo extremamente letal para o predador nos últimos seis anos.

Segundo o biólogo Izar Aximoff, responsável pelo monitoramento de onças-pardas no Rio de Janeiro, existem outros trechos de maior risco de atropelamento no estado, como a estrada RJ-155, que liga Paracambi e Seropédica.

Quando soube, imediatamente acionei a mesma equipe que resgatou uma jovem fêmea atropelada em 2021 na mesma estrada”, explicou. “A guarda ambiental de Paracambi recolheu o animal e o encaminhou para UFRRJ onde está sendo realizada a necrópsia.

“Normalmente esses animais que são atropelados são jovens, porque estão procurando novas áreas para ocupar, estão dispersando”, contou. “Em outra ocasião foi essa fêmea, praticamente no mesmo ponto da via. Mas até então poucas ações foram realizadas para diminuir esse risco”.

Onça morta por atropelamento / Crédito: Divulgação/Izar Aximoff

Evitando atropelamentos

Segundo o jornal Extra, a espécie já foi considerada extinta por mais de um século na região litorânea do estado, mas agora vem sendo avistada novamente no Rio, ainda que em menor número, ameaçada pela presença humana em seu habitat natural.

Para Aximoff, alternativas que evitam o atropelamento das onças-pardas são os redutores de velocidade e as passagens de fauna nas rodovias. Ele também está desenvolvendo um projeto, junto a outros pesquisadores, para monitorar os animais e evitar os acidentes.

A perda de um predador de topo de cadeia é muito prejudicial para o pleno funcionamento do ecossistema do qual ela fazia parte, ainda mais se tratando de um animal ameaçado”, destacou.