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Notícias / Arqueologia

Tomografia em múmia de faraó revela detalhes sobre o assassinato do rei há 3.600 anos

A autópsia feita no corpo mumificado egípcio forneceu pistas sobre o que aconteceu com o faraó, que foi encontrado com ferimentos brutais na cabeça

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/02/2021, às 08h00 - Atualizado às 14h25

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A múmia analisada - Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito
A múmia analisada - Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito

Na década de 1960, a múmia do faraó egípcio Seqenenre Tao II, "O Bravo", foi avaliada com raios-X. No entanto, a tecnologia da época não era tão desenvolvida quanto a atual, o que dificultou o processo de entender o que tinha acontecido com o rei. 

Agora, pesquisadores realizaram um estudo de alta tecnologia para analisar o corpo mumificado do faraó. Eles realizaram uma autópsia especializada na múmia e os resultados foram publicados em artigo na revista científica Frontiers of Medicine.

Na primeira vez que o rei foi avaliado, descobriu-se que ele apresentava ferimentos na cabeça, que foram escondidos pelos responsáveis pelo processo de embalsamamento. A partir daí, teorias começaram: muitos acreditavam que ele morreu em batalha ou ainda que ele foi assassinado.

Crédito: Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito

Em comunicado, o Ministério de Antiguidades do Egito escreveu: “O rei Seqenenre-Taa-II foi morto enquanto lutava contra os invasores do Egito e seus embalsamadores esconderam habilmente alguns ferimentos na cabeça”. 

O famoso egiptólogo Zahi Hawass e o professor de radiologia da Universidade do Cairo, Sahar Salim, foram os escolhidos para analisar as tomografias computadorizadas feitas nos ossos, que resultaram em imagens 3D impressionantes. Eles chegaram a uma nova teoria. 

Para os especialistas, é provável que o faraó tenha morrido durante uma “cerimônia de execução”, depois de ter sido feito prisioneiro no campo de batalha em que estava. 

“As mãos deformadas indicam que Seqenenre pode ter sido capturado no campo de batalha, e suas mãos estavam amarradas nas costas, impedindo-o de desviar o ataque feroz de seu rosto”, afirmou a nota do Ministério de Antiguidades do Egito.

Eles continuam: “A tomografia computadorizada da múmiaSeqenenre revelou detalhes dos ferimentos na cabeça, incluindo feridas que não haviam sido descobertas em exames anteriores e foram habilmente escondidas pelos embalsamadores”.