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Notícias / Brasil

Tragédia no Capitólio: Advogada lembra como protegeu cinco crianças

'Minha missão era salvá-los', narrou Isabel Martins da Costa, de 46 anos, semanas após o incidente que deixou 10 mortos em MG

Pamela Malva Publicado em 15/02/2022, às 14h00

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Registros da tragédia ocorrida em Minas Gerais - Divulgação/Vídeo/Redes sociais
Registros da tragédia ocorrida em Minas Gerais - Divulgação/Vídeo/Redes sociais

Em 8 de janeiro, a queda de uma rocha na cidade de Capitólio, em Minas Gerais, deixou 10 mortos e diversos feridos. Semanas depois, em recente entrevista à TV Globo, uma advogada contou sobre como salvou cinco crianças na tragédia.

Aos 46 anos, Isabel Martins da Costa passeava com sua família naquele sábado. Junto dela, seu filho Felipe, de 14 anos, suas duas irmãs, dois cunhados, quatro sobrinhos e um casal de amigos com seus outros dois filhos também estavam na lancha.

Ao me virar, assisti à cena que parecia de filme, a imensa pedra se descolando e caindo. Gritei para os garotos: ‘Fiquem embaixo de mim’”, lembrou a advogada. “Como um falcão, abri os braços e coloquei os cinco sob o meu corpo. Minha missão era salvá-los.”

Com a ajuda da mulher, as cinco crianças, que têm entre 10 e 14 anos, escaparam da tragédia com ferimentos leves. Isabel, no entanto, acabou sendo atingida. Além de uma lesão na cervical, a advogada ainda levou 200 pontos e teve de passar por um procedimento de reconstrução do tímpano e do canal aurícular.

“A lancha afundou e fui sugada por não estar, ao contrário dos garotos, com colete salva-vidas", narrou a mulher. "Ao emergir entre os destroços, meu rosto sangrava. Eu ainda não sabia, mas minha orelha direita e parte da minha face tinham sido arrancadas."

Por conta de seus ferimentos, Isabel agora está andando com a ajuda de uma muleta e ainda não sabe se a surdez gerada pelo incidente será temporária ou permanente. “A vida é um instante, o depois não existe. O que existe é um agora seguido de outro agora e assim por diante”, comentou a advogada, por fim.