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Notícias / Segunda Guerra

Tribunal alemão considera ex-soldado da SS velho demais para ser julgado

Aos 96 anos, o homem foi acusado por supostos crimes cometidos no campo de concentração de Stutthof durante a Segunda Guerra

Pamela Malva Publicado em 12/03/2021, às 10h00 - Atualizado às 10h01

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Imagem meramente ilustrativa do campo de concentração de Theresienstadt - Divulgação
Imagem meramente ilustrativa do campo de concentração de Theresienstadt - Divulgação

Na última quarta-feira, 10, o tribunal de Wuppertal, na Alemanha, considerou que o ex-soldado nazista identificado apenas como Harry S. não está em condições de ser julgado pelos supostos crimes que teria cometido durante a Segunda Guerra, segundo a BBC.

Aos 96 anos, o homem é acusado de ter sido cúmplice em centenas de assassinatos cometidos no campo de concentração de Stutthof. Além dele, outras duas pessoas estão sendo julgadas pelas atividades que desempenharam no centro de confinamento.

Tendo trabalhado como secretária em Stutthof, Irmgard F., de 95 anos, foi considerada uma das únicas mulheres envolvidas nos crimes da era nazista. Bruno Dey, por sua vez, foi condenado pela morte de mais de 5 mil pessoas no campo de concentração.

O campo de concentração nazista de Stutthof, na Polônia / Crédito: Divulgação / Museu Stutthof

Harry S. trabalhou no complexo entre 1944 e 1945 e, antes disso, teria supervisionado o transporte de 600 pessoas para as câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau. Para o tribunal de Wuppertal, contudo, o homem "não é mais capaz de representar razoavelmente seus interesses dentro e fora do julgamento", que foi iniciado em 2017.

Por isso, "devido à sua condição física" e ainda que exista um "alto grau de probabilidade" de que tenha realmente cometido os crimes, o antigo soldado deverá quitar todas as despesas do processo judicial. Nenhuma pena além dessa foi aplicada.

O campo de concentração de Stutthof foi oficialmente classificado dessa forma em 1942. Construído na Polônia, o primeiro fora da Alemanha, o complexo recebeu cerca de 100 mil judeus, poloneses não-judeus e soldados soviéticos. Destes, acredita-se que 65 mil pessoas morreram no campo — baleadas, nas câmaras de gás ou com injeções letais.