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Notícias / Curiosidades

Tribunal americano define que hipopótamos de Pablo Escobar também são ‘pessoas’

Caso envolve descendentes dos “hipopótamos da cocaína”, importados ilegalmente pelo narcotraficante na década de 1980

Isabela Barreiros Publicado em 26/10/2021, às 11h37

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Hipopótamo e o narcotraficante Pablo Escobar - Pixabay e Colombian National Police via Wikimedia Commons
Hipopótamo e o narcotraficante Pablo Escobar - Pixabay e Colombian National Police via Wikimedia Commons

Um tribunal federal americano reconheceu os filhos de hipopótamos importados ilegalmente pelo narcotraficante Pablo Escobar na década de 1980 para a Colômbia como pessoas ou “pessoas interessadas”, ou seja, com direitos legais nos Estados Unidos.

O contexto da ação judicial envolve o crescimento da população de hipopótamos na Colômbia, causando uma ameaça à biodiversidade local. A resposta do governo colombiano para a ameaça é a possibilidade de matar ou esterilizar os animais.

Os “hipopótamos da cocaína”, como ficaram conhecidos, foram abandonados na propriedade de Escobar após sua morte em um tiroteio de 1993. Nos últimos oito anos, eles foram de 35 para algo entre 65 e 80, segundo o jornal britânico The Guardian.

Embora a decisão da juíza federal Karen Litkovitz, em Cincinnati, tenha animado os defensores dos direitos dos animais, especialistas ouvidos pela publicação apontam que ela não tem peso na Colômbia, país onde estão os hipopótamos

“A decisão não tem impacto na Colômbia porque eles têm impacto apenas dentro de seus próprios territórios. Serão as autoridades colombianas que decidirão o que fazer com os hipopótamos e não os americanos”, explicou Camilo Burbano Cifuentes, professor de direito penal da Universidade Externado da Colômbia.

Ainda assim, o caso foi considerado a primeira vez que animais foram declarados pessoas jurídicas nos Estados Unidos, podendo trazer mudanças para essa área. Christopher Berry, advogado Animal Legal Defense Fund, afirmou que a decisão faz parte de um movimento “maior”. 

“Isso realmente faz parte de um movimento maior de defesa de que os interesses dos animais sejam representados no tribunal. Não estamos pedindo uma nova lei. Estamos apenas pedindo que os animais tenham a capacidade de fazer valer os direitos que já foram dados a eles”, disse.