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Notícias / Arqueologia

Tubarões que brilham no escuro são fotografados pela primeira vez

A misteriosa habilidade foi descoberta no tubarão por um estudo da Frontiers in Marine Science, publicado em 26 de fevereiro

Larissa Lopes, com supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/03/2021, às 15h20

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Tubarões 'brilhantes' fotografados pela primeira vez - Divulgação/Frontiers in Marine Science
Tubarões 'brilhantes' fotografados pela primeira vez - Divulgação/Frontiers in Marine Science

Que praias podem brilhar os cientistas já sabiam, mas a habilidade — que parece mágica — não parou por aí. Três espécies de tubarões capazes de brilhar no escuro foram fotografadas, pela primeira vez, por um estudo realizado na Nova Zelândia. 

A pesquisa é da Frontiers in Marine Science, publicada em 26 de fevereiro, e repercutida pelo Uol. As espécies estudadas foram: tubarão-pipa, de nome científico Dalatias licha; tubarão-lanterna-barriga-preta, o Etmopterus lucifer; e tubarão-lanterna-do-sul, cientificamente chamado de Etmoterus granulosus.

Como acontece

A misteriosa habilidade que faz com que os tubarões brilhem é a bioluminescência: a capacidade de organismos produzirem luz, sendo ela fria e visível, e que só consegue ser vista no período noturno. 

Basicamente, a luz é criada graças à enzima luciferase, presente em diversos tipos de organismos, através de uma reação exotérmica. Assim, a enzima oxida uma substância chamada luciferina. É nesse processo em que a energia é liberada, gerando, assim, um ponto de luz. 

Incidência das luzes em onda do mar / Crédito: Divulgação/Youtube

"A bioluminescência tem sido frequentemente vista como um evento espetacular, porém incomum no mar, mas considerando a vastidão do mar profundo e a ocorrência de organismos luminosos nesta zona, é agora cada vez mais óbvio que a produção de luz em profundidade um papel importante na estruturação do maior ecossistema do nosso planeta", afirma o estudo da Frontiers in Marine Science.

O tubarão-pipa foi pesquisado com maior foco pelos estudiosos, que passaram a chamá-lo de “tubarão gigante luminoso”, uma vez que ele tem dois metros de comprimento. De acordo com a instituição de pesquisa, ele agora é o maior vertebrado luminoso que se tem conhecimento.

O estudo esclarece que os tubarões usam o brilho à noite para atrair presas, como também se esconder delas, quando conveniente.

"O estudo da emissão de luz do tubarão-pipa, do tubarão-lanterna-barriga-preta e do tubarão-lanterna-do-sul pode aumentar nossa compreensão de suas funções de bioluminescência e possíveis relações de predação-presa entre essas espécies", revela a pesquisa.

++ Confira o estudo na íntegra!