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Notícias / Arqueologia

Veja incrível reconstrução 3D de mulher escandinava do Neolítico

Ela foi enterrada juntamente de uma criança, de forma que artista a recriou imaginando um "olhar de mãe"

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 22/03/2022, às 10h57

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Fotografia do modelo em 3D - Divulgação/ Oscar Nilsson/ Västernorrlands Museum
Fotografia do modelo em 3D - Divulgação/ Oscar Nilsson/ Västernorrlands Museum

No último mês, estreou no Museu Västernorrlands, localizado na Suécia, uma impressionante exposição mostrando um modelo 3D em tamanho real de uma mulher que viveu há 4 mil anos. 

A intrincada reconstrução foi realizada por Oscar Nilsson, um artista especialista na área que já realizou inúmeros trabalhos do gênero, como é possível visualizar em seu site oficial

A mulher do Neolítico que é a figura mais recente a ser "trazida de volta à vida" pelo escultor, teve seus restos mortais encontrados em uma aldeia sueca em 1923 durante a construção de uma estrada.

Ela tinha 1,50 metros de altura, sendo considerada relativamente baixa para o período que vivia, e morreu quando estava na casa dos 20 anos. Sua causa de morte, no entanto, não pôde ser identificada somente através do exame do que restou de seu corpo. Sua sepultura era dividida com o esqueleto de um menino pequeno, possivelmente de sete anos de idade. 

Montagem mostrando visão mais completa do modelo em tamanho real / Crédito: Divulgação/ Oscar Nilsson/ Västernorrlands Museum

"Com nossa perspectiva de hoje, você tende a pensar que se trata de mãe e filho. Eles podem ser. Ou podem ser irmã e irmão. Podem ser parentes, ou podem ser apenas amigos da tribo. Não sabemos, porque o DNA não foi tão bem preservado para estabelecer essa relação", contou Nilsson, conforme repercutido pelo Live Science. 

Apesar dessa incereza, enquanto criava seu rosto, o escultor tomou a liberdade artística de imaginá-la como uma figura materna tomando conta de seu filho: "Ela está olhando com os olhos de uma mãe — tanto com amor quanto com um pouco de disciplina”, descreveu. 

Infelizmente, o já citado mau estado de conservação também não permitiu que fosse possível identificar a aparência exata da mulher pré-histórica em vida, como cor dos olhos, da pele e do cabelo. 

Assim, para criar o modelo, algo que levou nada menos que 350 horas para ficar pronto, o artista usou características que seriam mais comuns no contexto em que ela vivia, baseadas nos povos que habitavam a região dela e no estilo de vida em transição do período (naquela época, os grupos humanos estavam fazendo uma passagem entre a fase do nomadismo e do sedentarismo).