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Idosa de 90 anos é condenada por incitar o ódio na Suécia

Nos anos 1970, Vera Oredsson foi a primeira a ser líder de um partido na Suécia: um partido neonazista. Ainda assim, condenação foi considerada injusta por grupo de esquerda.

Thiago Lincolins Publicado em 02/03/2018, às 13h24 - Atualizado em 17/10/2018, às 17h29

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Vera Oredsson posando na frente de um retrato de Adolf Hitler  - Reprodução / Amanda Skagerström Lindau
Vera Oredsson posando na frente de um retrato de Adolf Hitler - Reprodução / Amanda Skagerström Lindau

A senhora acima, é Vera Oredsson, ela causou uma tremenda polêmica em 2016 ao realizar a saudação nazista durante uma manifestação do grupo Nordiska Motståndsrörelsen (NMR — Movimento de Resistência Nórdica) na cidade de Borlänge. 

Acusada de incitar o ódio, o tribunal Distrito de Falun, na Suécia, condenou Oredsson em uma multa de 4,000 coroas suecas (R$ 1,575).

Johan Nordqvist, membro da federação de esquerda Juridikfronten ("Frente Legal"), que denuncia representantes de populações e organizações nacionalistas de direita, afirma estar surpreso. Para ele, a condenação não tem fundamento. Ele explica que a acusação foi feita com base em uma fotografia que mostra o movimento no braço, similar a saudação nazi, que poderia representar qualquer coisa.

Ela nega a acusação e alega que apenas acenou para manifestantes contrários ao grupo MNR. A decisão vai ser revista pela corte.

LÍDER

Vera nasceu em Berlim, sua mãe era sueca e o pai ex-soldado da força paramilitar Sturmabteilung (SA, predecessora da SS). Chegou na Suécia somente em 1945. Ela se casou com Göran Assar Oredsson, ex-líder do Nordiska Rikspartiet ("Partido do Reich Nórdico"), organização neonazista. Em 1975, ela sucedeu Göran como líder do partido e tornou-se a primeira mulher a conseguir tal feito, ficando no cargo até 1978. Com a dissolução do partido, em 2009, ela ingresou no Nordiska Motståndsrörelsen ("Movimento de Resistência Nórdica").

Não é a primeira vez que a sueca se envolve em polêmicas. Em 1973, ela e Göran foram acusados de utilizar suásticas em uniformes políticos. Foram libertados ao "justificar" não é um símbolo político e sim espiritual. Além disso, eles defenderam que o episódio ocorreu em uma propriedade privada, uma manifestação sem influência política. 


Imagem: Reprodução / Fredrik Almroth e Amanda Skagerström Lindau