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Notícias / Arte

Imagem oculta em quadro de Da Vinci é desvendada

Escondida na pintura A Virgem das Rochas, imagem posiciona Maria do lado oposto ao esperado

Joseane Pereira Publicado em 15/08/2019, às 14h24

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Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

Pesquisadores revelaram novos detalhes dentro da pintura A Virgem das Rochas, de Leonardo Da Vinci. Desde 2015 já se conhecia a existência de sobreposições no quadro, porém, de acordo com a The Nacional Gallery, de Londres, imagens de alta qualidade revelam ainda mais.

Imagem oculta

A pesquisa mostrou que, na composição original oculta, Da Vinci posicionou a Virgem Maria no lado esquerdo da imagem, de frente para o menino Jesus e com um anjo à direita. Não se sabe por que o pintor resolveu encobrir sua composição original.

"Junto com ajustes significativos nas figuras, ele também usou essa versão para explorar novos tipos de efeitos de iluminação baseados em sua própria pesquisa em óptica e na fisiologia da visão humana", afirmou a galeria de Londres em comunicado.

Para revelar a imagem oculta, os pesquisadores usaram três técnicas: a primeira foi a reflectologia infravermelha, que detectou pinceladas cobertas por muitas camadas de tinta.

Após isso, o escaneamento por fluorescência de raios X identificou substâncias ocultas que continham zinco, e por fim a imagem hiperespectral detectou a energia eletromagnética saindo através dos espectros, a fim de revelar detalhes não detectáveis ​​em espectro único.

Sobreposições / Crédito: Reprodução

Como o processamento de dados ainda está em andamento, mais detalhes poderão ser revelados. As imagens ocultas, juntamente com a pintura, serão expostas na Galeria de 9 de novembro a 12 de janeiro de 2020.

A obra

A Virgem das Rochas foi encomendada em 1483 pela Capela da Imaculada Concepção, em Milão. Além de Leonardo, foram também chamados os artistas locais Ambroglio e Evangelista de Predis. Entre disputas e renegociações de pagamento e até a morte de um dos parceiros milaneses, o quadro só seria instalado na igreja mais de 20 anos depois, em 1508.

A versão que foi para a capela é a que está em Londres, vendida pela igreja ao pintor escocês Gavin Hamiliton em 1785, e passando quase um século pulando de dono em dono até chegar à National Gallery em 1880. A versão de Paris tem um passado misterioso.

Acredita-se que Leonardo a tenha guardado, em meio às disputas, e vendido-a a um comprador desconhecido, que a revendeu até chegar à coleção real francesa em 1625. Muito foi escrito sobre as diferenças entre os dois quadros – a própria autoria da versão de Londres foi posta em dúvida.

O best-seller O Código Da Vinci, de Dan Brown, dizia que a primeira versão era considerada herética, trocando as figuras de Jesus por João Batista. Mas a heresia foi sua interpretação, pois não há dúvida entre os especialistas sobre quem é quem. 

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