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Notícias / Brasil

Virologista envolvido na descoberta do HIV rebate fala de Bolsonaro: 'É difícil acreditar'

Espantado com a afirmação de que a vacina causa Aids, Robert Charles Gallo criticou os posicionamentos do presidente

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/10/2021, às 15h42

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O virologista Robert Charles Gallo em 2017 - Wikimedia Commons
O virologista Robert Charles Gallo em 2017 - Wikimedia Commons

Na quinta-feira, 21 de outubro, o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sinalizou em uma transmissão ao vivo que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estariam contraindo Aids. As informações, segundo sua declaração, viriam de “relatórios oficiais do governo do Reino Unido”.

Em resposta a declaração, diversos especialistas posicionaram-se, afirmando a mentira de tal afirmação e encorajaram o povo brasileiro, mais uma vez, a tomar a vacina contra o coronavírus.

Entre os profissionais que falaram sobre as declarações de Bolsonaro está Robert Charles Gallo, um dos virologistas americanos que descobriram o HIV.

Em entrevista para a publicação Estado de Minas, o pesquisador deu sua opinião de espanto sobre a fala do presidente brasileiro: “É difícil acreditar que alguém afirmaria que a vacina contra a Covid-19 cause Aids. Nós sabemos o que causa a Aids”

Junto com esta declaração, o pesquisador pioneiro explicou que o presidente poderia estar se referindo a efeitos que qualquer antígeno externo pode ter no HIV, como deixá-lo mais ativo, ou ao fato de que as vacinas podem ativar células imunológicas. Mas, afirmou que esses são efeitos comuns e sem muito significado para a saúde.

O estadunidense também reafirmou a importância de “ser imunizado com uma vacina eficiente” e continuar seguindo as restrições de segurança — de maneira a pôr fim na pandemia e na contaminação do coronavírus.

Robert Charles Gallo é cofundador do Instituto de Virologia Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland e da Rede Global de Vírus e isolou, junto de Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi, o vírus HIV pela primeira vez.