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Colunas / Joana Freitas / Civilizações

A curiosa 'tecnologia' de sinalização rodoviária utilizada pelos antigos romanos

Esta invenção prova que os romanos estavam á frente de seu tempo

Joana Freitas, arqueóloga Publicado em 11/09/2021, às 09h00 - Atualizado em 08/02/2024, às 14h57

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Registro dos 'olho-de-gato' em Pompeia - Divulgação/Vídeo/Youtube/ Martin Faulks
Registro dos 'olho-de-gato' em Pompeia - Divulgação/Vídeo/Youtube/ Martin Faulks

Muitas vezes, ao olharmos ao nosso redor, não percebemos as pequenas coisas que tornam o nosso cotidiano mais fácil, simples e seguro. E muito menos imaginamos que muitas dessas coisas existem há muito tempo. Uma dessas invenções é o olho-de-gato, que está presente em muitas das nossas cidades.

A sinalização 

O olho-de-gato é um tipo de sinalização rodoviária capaz de refletir a luz dos faróis dos automóveis, permitindo a indicação dos limites da rodovia durante viagens noturnas.

Olho-de-gato /Crédito: Divulgação/Youtube/Vídeo/Canal Manual do Trânsito

Este tipo de sinalização é muito comum nas estradas modernas, mas, e se eu lhe disser que este tipo de tecnologia já era utilizado desde a época romana?

Pois bem, uma das descobertas feitas nas famosas cidades de Pompeia e Herculano foi exatamente perceber que os romanos já incluíam os famosos olhos-de-gato na construção das suas estradas.

Obviamente, tecnologicamente falando, não eram exatamente iguais, mas a função era a mesma.

Pedras brancas

Em algumas das estradas de Pompeia foi possível observar pequenas pedras brancas (normalmente quartzo), estrategicamente inseridas no meio dos blocos de pedra maior que formavam o corpo da estrada.

As pequenas pedras brancas conseguiam refletir a luz dos candeeiros a óleo ou, se a noite estivesse límpida, refletiam a luz da lua.

Divulgação/Vídeo/Youtube/ Martin Faulks

Assim, as pessoas poderiam seguir de forma mais segura o seu caminho. Esta invenção romana só seria novamente utilizada séculos mais tarde, o que demonstra como eles estavam à frente do seu próprio tempo.


Joana Freitas é formada em história na vertente de arqueologia pela faculdade de letras da Universidade do Porto e tem por áreas de maior interesse a evolução humana e a pré-história. Fora do campo de formação tem como disciplinas preferidas a antropologia e a paleontologia que no fundo complementam a sua formação de base.

Gosta de conhecer outros lugares, principalmente as suas gentes, ler e escrever. Embora tenha participado em diversas escavações de vários períodos históricos de diversos países, o local arqueológico que mais marcou o seu percurso e onde esteve presente em várias campanhas diferentes foi castanheiro do vento, um recinto pré-histórico em Vila Nova de foz Côa, em Portugal.