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Personagem / Titanic

A saga de Molly Brown, sobrevivente do Titanic que deixou seu legado de solidariedade

Entre os poucos sobreviventes do naufrágio, um nome se destacou. Confira!

Penélope Coelho Publicado em 14/04/2021, às 09h58 - Atualizado às 08h00

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Fotografia de Molly Brown - Wikimedia Commons
Fotografia de Molly Brown - Wikimedia Commons

Há exatos 109 anos acontecia um dos naufrágios mais famosos da história, em 14 de abril de 1912, O RMS Titanic — que saiu de Southampton na Inglaterra, com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos — afundou no oceano após colidir com um iceberg. Na ocasião, o navio carregava cerca de 2.200 mil passageiros, com a tragédia, mais de 1.500 pessoas morreram e cerca de 700 sobreviveram.

Entre os sobreviventes estava Margaret Brown, mais conhecida como Molly Brown, uma figura marcante que além de ajudar a resgatar passageiros, também teve grande contribuição para que aqueles que resistiram ao naufrágio tivessem alguma ajuda posterior. Não à toa, a mulher ficou conhecida como a ‘Inafundável Molly Brown’.

Por sua importância, Molly foi retratada no famoso filme vencedor do Oscar, Titanic (1997). Sabe-se que na produção cinematográfica alguns personagens como Rose e Jack foram criados pelo diretor James Cameron, mas, outros realmente existiram como é o caso de Brown, interpretada pela atriz Kathy Bates.

A verdadeira Molly Brown ao lado da atriz Kathy Bates / Crédito: Wikimedia Commons/Divulgação 

Antes do naufrágio 

Antes de quase se tornar uma vítima fatal do Titanic, Brown já havia passado por diversas experiências transformadoras em sua vida. Ela nasceu nos Estados Unidos no ano de 1867, filha de imigrantes, veio de uma família humilde e frequentou a escola somente até os 13 anos.

Isso porque logo depois já teve que começar a trabalhar para ajudar financeiramente em casa. Aos 18 anos, se mudou para o Colorado, onde foi funcionária de uma tapeçaria. Foi assim que ela conheceu James Joseph Brown, o homem que viria ser seu marido no futuro.

No final do século 19, já casada, Molly viu sua vida mudar: seu esposo encontrou ouro no fundo de uma mina. Assim, a norte-americana passou a integrar a alta sociedade, já que James se tornou um dos homens mais ricos do estado do Colorado.

Mesmo com muito dinheiro, os princípios de Molly não mudaram, quando sua situação financeira melhorou consideravelmente, a socialite passou a se envolver em causas sociais que envolviam mulheres, crianças e trabalhadores. Ela inclusive ajudou a estabelecer uma seção da Associação Nacional Americana do Sufrágio Feminino no Colorado e o primeiro Juizado de Menores dos Estados Unidos.

Molly também aproveitava os benefícios de uma vida de riquezas, inspirada pelas Gibson Girls — mulheres que ditavam a moda, beleza e o estilo de vida das moças ricas da época — a norte-americana criou o hábito de viajar para a Europa, onde estudava música, teatro e literatura. Foi assim que o seu caminho se cruzou com o do Titanic.

No navio 

Em 1912, Brown estava de férias na Europa com sua filha, quando recebeu a notícia de que seu neto estava doente. A mulher não pensou duas vezes e embarcou no navio rumo à Nova York para encontrar o neto.

Na noite de 14 de abril daquele ano, quando o Titanic colidiu com um iceberg ao norte do oceano Atlântico, Molly conseguiu se salvar, mas sabia que muitos passageiros não teriam a mesma sorte, por isso, decidiu ajudar.

Mantendo-se calma, a mulher acudiu os passageiros que sobreviveram e foi colocando um por um dentro dos botes. Depois disso, foi obrigada a embarcar em um deles, mas, ao ver aquela situação, Margaret queria ajudar aqueles que estavam congelando na água.

A socialite foi impedida de voltar, entretanto, não desanimou e decidiu que iria fazer o que estava em seu alcance. Molly acalmou algumas mulheres que estavam extremamente abaladas com o ocorrido e ajudou a remar o bote

Quando os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, Brown mais uma vez pensou no próximo e ajudou a distribuir alimentos, bebidas e cobertores para os tripulantes.

Na época, a mulher colocou em prática seus estudos e habilidades linguísticas para ajudar os sobreviventes que não falavam inglês. A norte-americana era poliglota e, com isso, ajudou alemães, russos e franceses a se comunicarem para que pudessem encontrar seus parentes.

Vida após a tragédia 

Após sobreviver e ajudar como da maneira que conseguiu, Margaret voltou para Nova York, na ocasião, suas atitudes já reverberavam na imprensa mundial. Por suas ações, a mulher ganhou o cargo de presidente do Comitê de Sobreviventes do Titanic e ainda arrecadou quase 10 mil dólares para quem perdeu tudo no naufrágio, para que essas pessoas tiverem algum amparo financeiro.

Fotografia de Molly Brown segurando um prêmio / Crédito: Wikimedia Commons

Seu trabalho filantrópico e social não terminou após a tragédia no Titanic, pelo contrário, durante a Primeira Guerra Mundial, Molly viajou para a França e ajudou a estabelecer uma estação médica para socorrer os soldados que lutavam nas batalhas.

A sobrevivente continuou ajudando o próximo até o fim de sua vida. No ano de 1932, a mulher faleceu em decorrência de um tumor no cérebro. O legado deixado pela ‘Inafundável Molly Brown’ é lembrado até hoje, sua história de vida serviu como inspiração para peças de teatro e musicais.


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