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Matérias / Curiosidades

Confira 10 nomes históricos que tinham medo de ser enterrados vivos

Conhecido como tafofobia, tratava-se do medo em ser sepultado vivo

Joseane Pereira Publicado em 10/07/2020, às 08h00

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Imagem meramente ilustrativa de um caixão - Imagem de juliusz gronkiewicz por Pixabay
Imagem meramente ilustrativa de um caixão - Imagem de juliusz gronkiewicz por Pixabay

A época em que o medo de ser enterrado vivo mais proliferou foi a Era Vitoriana, seja pela propagação de contos tenebrosos sobre o assunto, como os de Edgar Allan Poe, ou pelo fascínio que a morte exercia nas pessoas.

Confira 10 personalidades que foram atingidos pela tafofobia, e que tomaram providências para evitar o terror de estarem vivos em um caixão.

10. Johann Nepomuk Nestroy (1801-1862)

Crédito: Wikimedia Commons

O dramaturgo austríaco Johann Nepomuk Nestroy tomou precauções elaboradas contra um enterro prematuro. Em seu testamento, ele afirmou que a única coisa que ele realmente temia era ser enterrado vivo, e que seus estudos sobre esse assunto o haviam ensinado que os médicos não confiavam na distinção entre vivos e mortos.

Ele queria que seu cadáver fosse mantido em um caixão aberto por dois dias, com um aparelho de sinalização que anunciasse quaisquer sinais de vida. E, após o enterro, a tampa do caixão não deveria ser pregada.

9. Edward Bulwer-Lytton (1803-1873)

Crédito: Wikimedia Commons

Lytton, poeta vitoriano, proferiu a famosa frase “Era uma noite escura e tempestuosa”, considerada uma das piores aberturas da literatura. E, em vida, ele estava tão aterrorizado com a ideia de acordar em um caixão que pediu que seu coração fosse perfurado antes do enterro – uma precaução básica.

8. Nikolai Gogol (1809-1852)

Crédito: Wikimedia Commons

Gogol, escritor do Império Russo, ficou atemorizado com a ideia de um enterro prematuro. Em carta, ele deixou registrado que não queria ser enterrado até que sua carne apodrecesse e não existissem traços de batimentos cardíacos.

Após ser exumado, anos depois de sua morte, Gogol supostamente estava deitado de lado – o que alimentou crenças de que seu pesadelo se tornara real. Entretanto, os cadáveres podem mudar de posição após a morte, devido à putrefação e aos movimentos terrestres.

7. Philip Stanhope (1694-1773)

Crédito: Wikimedia Commons

Quarto conde de Chesterfield, Stanhope foi um político e escritor inglês que deixou muitas cartas para sua família. Em uma delas, escrita em 1769, ele afirma: “Tudo o que desejo para meu próprio enterro é não ser enterrado vivo; mas como ou onde, é totalmente indiferente a toda criatura racional".

6. Auguste Renoir (1841-1919)

Como está registrado em seu livro de memórias, o pintor francês Auguste Renoir expressou repetidamente o medo de ser enterrado em vida. Seu filho Jean Renoir pediu insistentemente para que os médicos fizessem "o que fosse necessário" para garantir que a morte fosse verídica, antes que os processos de enterramento iniciassem.

5. Alfred Nobel (1833-1896)

Crédito: Wikimedia Commons

Inventor da dinamite para fins não militares, Nobel doou seu vasto patrimônio para criar o Prêmio que tem seu nome. Mas, entre outros desejos e preocupações, ele expressava uma vontade macabra: "É meu desejo expresso que, após minha morte, minhas veias sejam abertas, e quando isso foi feito e médicos competentes confirmaram sinais claros de morte, meus restos mortais sejam cremados no chamado crematório”, afirmou ele em registros póstumos.

4. Arthur Schopenhauer (1788-1860)

Crédito: Wikimedia Commons

Como afirma o historiador Jan Bondeson, o grande filósofo alemão Arthur Schopenhauer "admitiu livremente o medo de ser enterrado prematuramente". Schopenhauer teria solicitado que seu cadáver permanecesse acima do solo por cinco dias, para que apodrecesse bastante antes do enterro. Pedido coerente na época, pois antes da invenção dos estetoscópios, a putrefação era o único sinal seguro de morte.

3. George Washington (1732-1799)

Crédito: Wikimedia Commons

Poucas horas antes de morrer, George Washington teria dito à sua secretária: "Estou partindo. Enterre-me decentemente, e não permita que meu corpo seja colocado na cova menos de três dias depois de minha morte".

Outro membro de sua família foi ainda mais efusivo: seu sobrinho, o juiz Bushrod Washington, deixou as seguintes indicações: “Meus polegares não devem ser amarrados. Meu corpo deve ser colocado em um caixão totalmente liso, com um tampo plano e número suficiente de furos na tampa e nos lados - principalmente sobre o rosto e a cabeça, para permitir a respiração se a ressuscitação ocorrer".

2. Hans Christian Andersen (1805-1875)

De acordo com seu biógrafo Jackie Wullschlager, o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen tinha grande medo de ser enterrado vivo. No dia de sua morte, ele implorou à amiga Dorothea que cortasse suas veias após ele dar o último suspiro. Neurótico, o escritor tinha vários outros medos. Segundo Wullschlager, ele também tinha pavor de cães e se recusava a comer carne de porco por medo de contrair triquinose.

1. Frederic Chopin (1810-1849)

O grande compositor Frederic Chopin, em sua última mensagem escrita, teria dito: “A terra é sufocante. Jure fazer com que me abram, para eu não ser enterrado vivo.” A causa precisa de sua morte nunca foi determinada, embora vários pesquisadores tivessem vontade de estudar seu coração, sepultado em álcool no pilar de uma igreja da Polônia, para testar a teoria de que a morte foi causada por fibrose cística.