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Matérias / Monarquia

11 meses de vida: a desgraça de Sofia, última filha de Maria Antonieta

O falecimento precoce da filha dos monarcas franceses chegou a ser relacionada a uma maldição em uma pintura encomendada pela mãe

Wallacy Ferrari Publicado em 09/08/2020, às 08h00

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Rara pintura da criança - Wikimedia Commons
Rara pintura da criança - Wikimedia Commons

Com a barriga crescendo e a popularidade diminuindo, a confirmação da gravidez de Maria Antonieta surgiu como uma oportunidade para reestabelecer a imagem da monarca. Confirmada publicamente em fevereiro de 1786 pela princesa Luísa de Hesse-Darmstadt, a francesa não fazia muita questão de ter os filhos, visto que acreditava que os dois meninos e a primeira garota já eram suficientes.

Para piorar, a recusa da população em relação a sua imagem pública poderia afetar sua gravidez, visto que os constantes protestos e ataques pessoais poderiam colocar em risco a saúde de Maria. 

Entre trancos e barrancos, a monarca sentiu contrações durante uma missa e foi rapidamente deslocada para que os ministros acompanhassem o parto. A segunda filha de Maria Antonieta nasceu em 9 de julho de 1876. Seu padrinho era Fernando, Duque de Brisgóvia, irmão da rainha Maria Antonieta, e sua madrinha foi Isabel, irmã do rei Luís XVI.

Alguns dos retratos de Sofia, feitos durante sua vida / Crédito: Wikimedia Commons

A publicidade da garota Sofia

Para homenagear a tia de Luis XVI, que morreu quatro anos antes de seu nascimento, a nova monarca ganhou o nome de Sofia assim que foi batizada. Do momento que surgiu ao mundo até seus dias finais, seria utilizada para promover a Família Real Francesa em tempos de recusa popular. Seu nascimento já teria sido um pretexto; o tribunal ofereceu bebidas gratuitas para toda a população de Paris pela chegada do bebê.

Como plano de recuperação de sua imagem, Maria Antonieta chegou a solicitar uma grande pintura familiar, pela artista Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun, para enaltecer o seu lado materno e, ao menos, tentar reduzir os ataques pessoais, sendo uma figura de acolhimento e segurança. Mesmo com o plano, a ideia não surtiu efeito, sendo caçoada por outros membros do tribunal, onde foi instalada.

A pintura também foi relacionada a um grande azar: dois dos filhos de Maria Antonieta presentes da representação morreriam nos anos seguintes, sendo Luís José, o delfim que aponta para o berço da irmã mais nova, no canto direito; no berço, justamente estava a outra vítima da maldição: a irmã Sofia. Posteriormente, membros do tribunal chegaram a relacionar as mortes a uma maldição por Maria ter tentado se promover usando os filhos.

A pintura, feita por Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun, ilustrando a monarca e os filhos / Crédito: Wikimedia Commons

Dias finais de Sofia

Apesar de ter nascido acima do peso e com a saúde sem complicações, a pequena foi acometida por uma violenta tuberculose, ainda antes de completar um ano de idade. Durante seus cinco dias finais, sofreu com diversas convulsões, sendo tratada por uma equipe de médicos, que não conseguiram localizar a causa dos colapsos.

Em 19 de junho de 1787, com menos de um mês para completar seu primeiro ano de vida, a pequena Sofia falecia, com 11 meses de idade. Com um comovente enterro na Basílica de St. Denis, diversos membros da corte tentavam consolar Maria com o primeiro falecimento de um filho, além da presença de diversos membros do tribunal.

A historiadora Antonia Fraser chegou a relatar no livro ‘Marie Antoinette, The Journey’, que o irmão adotivo de Maria, Joseph Weber, ainda tentou alegar para a irmã que, pela pouca isade de Sofia, não deu ao menos tempo para construir um laço afetivo e, que dessa maneira, não havia necessidade de tristeza. Maria teria retrucado: "Não se esqueça que ela teria sido minha amiga".


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