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Matérias / Personagem

17 dias perdida na floresta: a intensa desventura de Amanda Eller

A terapeuta holística decidiu fazer um retiro espiritual no Havaí em 2019, resultando em um dos episódios mais extremos de sua vida

Wallacy Ferrari Publicado em 21/10/2020, às 09h51

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Amanda antes do desaparecimento (esq.) e durante o resgate (dir.) - Divulgação/Facebook/amandaellerpt/ (esq.) / Divulgação/ABC News (dir.)
Amanda antes do desaparecimento (esq.) e durante o resgate (dir.) - Divulgação/Facebook/amandaellerpt/ (esq.) / Divulgação/ABC News (dir.)

Em 8 de maio de 2019, a terapeuta holística e instrutora de ioga Amanda Eller saiu para caminhar por volta das 7h da manhã. A americana morava no Havaí para seguir a carreira na medicina alternativa. E foi justamente em uma jornada aparentemente calma que o pior aconteceu. 

Na época com 35 anos, decidiu que percorreria uma trilha na Reserva Florestal de Makawao, que já tinha sido feita anteriormente, mas dessa vez seria reproduzida sem nenhum objeto ou ferramenta. Buscando se isolar durante aquela manhã, a terapeuta estacionou o carro, deixando o celular, alimentos, relógio e documentos no veículo, saindo apenas com uma regata de academia e uma calça legging.

Sem nenhum outro peso além das roupas, Amanda seguiu em direção a trilha, sendo vista pela última vez. Em certo momento do percurso, decidiu seguir um caminho sem marcação, acreditando que poderia retomar o percurso apenas tendo em mente a sua geolocalização. O retorno confuso, no entanto, iniciou uma longa jornada para a sobrevivência.

Amanda Eller em pose durante ssessão fotográfica / Crédito: Divulgação/Facebook/amandaellerpt/

Natureza selvagem

A viagem que deveria durar até o fim da manhã já perdurava até o início da noite de Eller; perdida em uma reserva, a moça estava cercada por uma floresta densa, composta de rochas de lava, vegetação alta e samambaias gigantes. O percurso da trilha tinha 5 quilômetros, porém, a terapeuta já havia percorrido bem mais, buscando achar algum sinal da trilha ou o retorno para o carro.

Caminhou sem parar até a meia-noite, quando decidiu recolher samambaias para se cobrir do frio e aguardar o amanhecer. As temperaturas chegavam a 10°C durante a noite, além da umidade alta e névoa fria — enfrentadas com roupas de academia levíssimas.

De acordo com o The New York Times, a incessante caminhada só foi interrompida no terceiro dia, quando a jovem escorregou de um penhasco com 6 metros de altura, fraturando a perna e rompendo o menisco do joelho.

Para piorar, ainda perdeu o tênis no quarto dia, enfrentando uma enchente no riacho que havia escorregado. A alimentação regular teve de ser substituída por morangos e goiabas silvestres, que foram consumidos e armazenados pela terapeuta para evitar a fome. Acostumando com o clima de maneira gradativa, dormia na lama para ter o corpo coberto e evitar o resfriamento.

Trecho de vídeo com Amanda momentos após o resgate / Crédito: Divulgação/ABC News 

Buscas

As buscas por Amanda iniciaram no terceiro dia de desaparecimento, mobilizando a comunidade local por meio de redes sociais, chegando a chamar atenção até mesmo do FBI. Os pais da terapeuta ofereceram US$ 10 mil por informações concretas sobre sua localização, além de montar um grupo de ajuda no Facebook.

A confirmação de seu paradeiro surgiu apenas 17 dias depois, quando um helicóptero localizou Amanda em uma zona descrita por Javier Canetellops, coordenador das buscas, como “extremamente traiçoeira”. Ao descer, se depararam com Eller bastante magra, suja, e debilitada — mas com plena consciência e sorridente pelo resgate — sendo puxada pelo helicóptero e levada a um hospital.

Em entrevista, a moça manifestou gratidão pelas buscas e chamou a experiência de "jornada espiritual" para permanecer viva: “Estou eternamente endividada e oprimida pela quantidade de pessoas que vieram para me ajudar. [...] Foi muito milagroso”.


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