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Matérias / Personagem

22 bilhões de dólares ao ano: por dentro da fortuna ilegal de Pablo Escobar

A partir da década de 1980, o narcotraficante arrecadou tanto dinheiro que perdeu grande parte dos lucros devido a ratos nos depósitos do Cartel Medellín

Nicoli Raveli Publicado em 10/05/2020, às 15h00

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Pablo Escobar, o maior narcotraficante da Colômbia - Wikimedia Commons
Pablo Escobar, o maior narcotraficante da Colômbia - Wikimedia Commons

O temido traficante Pablo Escobar nem sempre esbanjou de tanta fortuna. Quando criança, vivia em meio a uma família pobre colombiana na cidade de Rionegro. Todavia, a grave situação financeira o frustrou.

Em busca de dinheiro fácil, o homem iniciou sua vida no mundo do crime com pequenos contrabandos e sequestros, que resultaram em mais de 100 mil dólares. Mas, para Escobar, aquele dinheiro ainda não era o suficiente.

Foi quando ele decidiu se unir a diversos traficantes e se envolveu no tráfico de cocaína, tornando-se um milionário mundialmente conhecido, capaz até mesmo de subornar juízes e autoridades.

Pablo Escobar e colegas do crime / Crédito: Wikimedia Commons

A suposta bondade de Escobar

Em meio a tanto dinheiro, o narcotraficante se tornou o homem mais poderoso da Colômbia. Todavia, só essa fama não lhe agradava, ele queria se tornar um homem amado por todos.

Dessa maneira, em 1980, ele se dedicou a construir casas, edifícios, bairros, igrejas e campos de futebol para a população mais pobre da cidade, tudo com dinheiro ilegal. Mais tarde, o local ficou conhecido como Bairro Pablo Escobar.

Quando as inaugurações aconteciam, o traficante ia até o local para distribuir dinheiro e ainda fazia um discurso, no qual afirmava sua preocupação com as pessoas que eram esquecidas pelo governo. Logo, foi idolatrado pelos pobres.

Pablo Escobar / Crédito: Wikimedia Commons 

Mas Escobar ainda não estava convencido que havia conquistado o amor de seu povo. Para isso, utilizou sua própria residência, a Fazenda Nápoles, para agradar o público. Lá, construiu um zoológico com entrada grátis, com direito a presença de 1.200 animais, a maioria contrabandeados.

A muralha de riqueza

Havia um lado B para que Escobar gastasse seu dinheiro com a população. É que, na verdade, o local de 22 quilômetros quadrados – que era visto por muitos como uma aventura selvagem – também era área de operações de narcotráfico do Cartel Medellín e dos traficantes do homem mais rico da Colômbia.

Lá, o narcotraficante e seus trabalhadores viviam em meio a seis piscinas, 20 lagos artificiais, heliportos e postos de gasolina. Os tráficos de cocaína lhe renderam muito lucro, até mesmo para construir um circuito de MotoCross na fazenda que, mais tarde, ficou conhecido por ser o maior da América Latina.

A casa principal também não era nada simples: dispunha de uma sala de jantar que acomodava até 60 pessoas, salão de jogos, sala de televisão para 30 pessoas e três geladeiras gigantes.

Não se sabe, ao certo, quanto o Cartel faturou em suas missões dos tráficos que saíam da Colômbia. Todavia, acredita-se que a organização era responsável 80% dos tráficos mundiais, e seu faturamento máximo foi 420 milhões de dólares por semana — o que dava cerca de 22 bilhões ao ano.

Entrada da Fazenda Nápoles / Crédito: Divulgação 

Sua fortuna era tanta, que o cartel de Medellín que operava tinha a necessidade de gastar US$ 2,5 mil em elásticos por mês, para conseguir empacotar rolos e pilhas de dinheiro. Como o excesso de cédulas era um hábito, chegou a queimar cerca dois milhões de dólares somente para esquentar sua família e proteger sua filha da hipotermia enquanto estava escondido em uma cabana nas montanhas.

É fato que o Rei da Cocaína dispunha da maior quantidade de dinheiro. Segundo Roberto Escobar, irmão do traficante, Pablo ganhava tanto dinheiro que ele perdia 10% por causa dos ratos ou umidade nos depósitos do cartel.

A prisão e morte do narcotraficante

A furtuna do homem pôde ser aproveitava até mesmo quando ele foi detido em 1991. É que ele havia feito um acordo com o governo colombiano para ser preso em um local próprio: a La Catedral, uma prisão de luxo que Escobar havia construído.

A área era o oposto de uma cadeia. Lá, havia campo de futebol e até mesmo uma churrasqueira. Além disso, El Patrón podia escolher quais seriam seus companheiros que desfrutariam daquele paraíso, além de citar quem ocuparia o cargo de funcionário da catedral.

Mas o criminoso não permaneceu muito tempo no local, já que morreu dois anos depois. Após a sua morte, a Fazenda Nápoles, sua maior aquisição, foi tomada pelo governo colombiano e hoje, suas ruínas, são abertas para visitação do público. 


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