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Matérias / Música

25 anos da conturbada morte de Bradley Nowell, o músico que não viu o próprio sucesso

Responsável por 6 milhões de álbuns vendidos com o Sublime, o cantor morreu dias antes de suas canções se tornarem hits mundiais

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/06/2021, às 08h00

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Bradley Nowell durante apresentação - Divulgação / Instagram / @sublime
Bradley Nowell durante apresentação - Divulgação / Instagram / @sublime

Imagine compor o maior álbum da história de um gênero musical, produzi-lo, preparar material de divulgação, vender 6 milhões de cópias apenas no país de lançamento e se tornar uma referência mundial — mas com um porém; você nunca poderá ver esse sucesso em vida.

Foi o que ocorreu com Bradley Nowell, nascido em 1968 em Long Beach, no estado da Califórnia, local conhecido mundialmente pelo boom da popularização do surfe, skate e surf-rock norte-americano. Em meio a tamanho impacto cultural, o jovem não poderia passar despercebido; montou sua primeira banda aos 16 anos, como informou a revista Spin em 1997.

A formação perfeita ocorreu em 1988, quando se tornou um trio com o baixista Eric Wilson e o baterista Bud Gaugh, formando o Sublime. Iniciou com pequenas fitas demo e inventando que eram do selo "Skunk Records" para atrair mais contratantes — quando o selo foi criado pelos próprios garotos, como registrou a TIME. Mesmo assim, conseguiu atrair os olhares da cena independente de rock nos EUA, chamando atenção de uma gravadora.

Perto do sonho

Logo no primeiro álbum independente, a banda despontou com a canção 'Badfish', levando o grupo a ser uma referência da Califórnia e realizar shows com frequência. Com maior investimento, o segundo disco conseguiu emplacar em rádios universitárias e comerciais o single "Date Rape", que atraiu os olhares da gravadora MCA. 

Em paralelo a isso, Bradley passou a aceitar heroína após anos de recusa — porém, acabou desenvolvendo um vício intenso, chegando a desviar equipamentos da banda para compra de drogas, como revelou o documentário Behind the Music, do VH1.

A proposta de gravar um terceiro álbum por uma distribuidora acabou sendo aceita, com a proposta de um projeto de divulgação nacional. Simultaneamente, o vocalista poderia concretizar seu casamento e ter maior conforto financeiro para sustentar o filho de um ano, Jakob.

O projeto foi gravado entre fevereiro e maio de 1996, com lançamento agendado para junho, mas o vício não permitiu o progresso profissional de Bradley.

Em 18 de maio de 1996, o músico casou-se em uma cerimônia privada. 8 dias depois, no entanto, na noite que começaria a turnê de divulgação pelos EUA e Europa, foi encontrado morto pelo baterista da banda no quarto do hotel Oceanview, com 28 anos, tendo a overdose constatada posteriormente.

Capa do disco "Sublime", de 1996, contendo tatuagem de Bradley / Crédito: Divulgação / MCA

Sem o líder

Com o álbum finalizado, o grupo optou por lançar o disco com algumas alterações; originalmente nomeado como "Killin' It" (gíria em inglês de "arrasando", cujo significado literal é "matando"), a banda optou por trocar apenas por 'Sublime'.

A divulgação parecia dificultada pela impossibilidade de realizar shows e entrevistas sem o líder — mas ganhou um status cult como obra máxima de um artista falecido, usando de outros adventos para chamar atenção. Os videoclipes, amplamente executados na MTV americana, contavam com imagens antigas de Bradley inseridas por película.

A tentativa deu certo; o disco foi certificado pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIIA) por ter atingido seis vezes a marca do disco de platina, correspondente a 1 milhão de cópias. A parte dos lucros destinados ao vocalista passaram a compor um fundo escolar destinado ao filho, como informou o Los Angeles Times.

Por fim, o legado de Bradley também foi eternizado na capa do álbum. Ela estampa a tatuagem nas costas do astro, dedicada aos esforços pela banda — que ele nunca viu alcançar o auge do estrelato, mas deixou a obra ao mundo.


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