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Matérias / Crime

30 anos depois, uma cabeça decapitada teve sua identidade desvendada nos EUA

A reabertura do antigo caso de assassinato permitiu que a família da vítima finalmente descobrisse a verdade

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/03/2022, às 09h00

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Fotografia de Susan Lund - Divulgação/ Redgrave Research Forensic Services/ Domínio Público
Fotografia de Susan Lund - Divulgação/ Redgrave Research Forensic Services/ Domínio Público

Em janeiro de 1993, duas meninas de 10 e 12 anos brincavam em um parque do estado norte-americano de Illinois quando se depararam com algo saído diretamente de filmes de terror: uma cabeça humana decapitada. 

O departamento de polícia local registrou suas características gerais, como o cabelo ruivo, um sinal na orelha e um fio metálico circulando os dentes, provavelmente indicativo de que a vítima havia usado aparelho.

As estimativas dos especialistas indicavam que a cabeça pertenceria ainda a uma mulher na faixa dos 30 aos 50 anos de idade. Ela teria morrido dois ou três dias antes de ser encontrada pela dupla de crianças. Essas informações foram repercutidas na época pela Associated Press. 

A despeito de todas essas pistas, porém, o caso de assassinato não avançou, e, eventualmente, precisou ser arquivado. Isso até este ano, quando a investigação foi reaberta para que fosse apurada sob a luz de nossas tecnologias atuais de análise de DNA.

Uma amostra retirada do que restava do cadáver permitiu que seu código genético fosse comparado uma extensa base de dados, e foi então que, finalmente, a cabeça ruiva ganhou um nome. 

Tratava-se de Susan Lund, uma mulher de 25 anos que desapareceu em dezembro de 1993, deixando para trás três filhos que, durante três décadas, puderam apenas se perguntar a respeito do paradeiro de sua figura materna. A história foi abordada por uma matéria recente do The Washington Post. 

Fotografias de Susan Lund / Crédito: Divulgação/ Redgrave Research Forensic Services/ Domínio Público

Natal infeliz

Por volta de um mês antes de duas meninas de Illinois viverem uma experiência traumática durante um até então inofensivo passeio no parque, Susan saiu de sua casa, que ficava no estado norte-americano do Tennesse, para uma ida ao supermercado. 

Era uma véspera de Natal, e sem dúvida o estabelecimento estaria lotado com aqueles que atrasaram suas compras para a ceia, de forma que seria compreensível se Lund demorasse para voltar.

Não é possível saber, no entanto, se ela sequer alcançou o supermercado antes de ser raptada. A única certeza é de que, em algum momento, seu caminho cruzou com o de um assassino, e seus filhos nunca mais a viram. 

A irmã de Susan, e tia dos três, comentou o impacto que a descoberta forense teve na família em uma entrevista à WTVF, uma emissora local. 

“Eles realmente querem que as pessoas saibam que estão gratos por descobrir que não foram abandonados por sua mãe. Ela não deixou seus filhos, não de boa vontade. Para seu filho de seis anos, seu único filho, foi muito importante para ele aceitar que sua mãe não o abandonou" contou ela. 

Agora, o próximo passo da investigação policial é descobrir quem tirou a vida de Lund.