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Matérias / Política

5 presidentes brasileiros que foram imitados por humoristas

Comediantes já interpretaram os presidentes em campanhas publicitárias, programas de TV e até comícios contra os próprios presidentes

Wallacy Ferrari Publicado em 05/03/2020, às 13h59

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Hélcio Magalhães, imitador de Collor, em uma manifestação a favor do impeachment do presidente - Getty Images
Hélcio Magalhães, imitador de Collor, em uma manifestação a favor do impeachment do presidente - Getty Images

Nessa semana, o presidente Jair Bolsonaro irritou jornalistas após ir a uma rotineira coletiva de imprensa matinal acompanhado do humorista Márvio Lúcio, o Carioca, que estava caracterizado como Bolsonabo, uma sátira do presidente. Oferecendo bananas para a imprensa, o humorista tomou o lugar de fala do político e brincou sobre os recentes dados do PIB.

Entretanto, o hábito de satirizar os governantes e sua postura com a imprensa tem históricos muito antes da ideia de Bolsonaro. Grupos de humor de diversas emissoras e posições, contrárias e favoráveis ao governo, interpretaram os líderes nacionais.

Confira cinco presidentes que foram personificados em nome do humor:

1. Fernando Collor foi imitado por Hélcio Magalhães

Hélcio e Vânia (à esq.) e Fernando Collor de Mello (à dir.) / Créditos: Divulgação

A semelhança de Hélcio com Collor iniciou como uma brincadeira entre amigos, mas, muito confundido, decidiu aproveitar da imagem do então candidato para brincar com sua figura. Hélcio, que é formado em jornalismo, atuou em campanhas publicitárias imitando o presidente e participou até de manifestações contra o presidente.

Hélcio chegou a gravar uma novela, a convite da Rede Manchete, fazendo uma sátira do político, chamada O Marajá. Até mesmo a primeira dama foi satirizada, com atuação de Vânia Bellas, porém, o presidente proibiu a produção de ir pro ar.

2. Itamar Franco foi imitado por Reinaldo Figueiredo

Reinaldo Figueiredo (à esq.) e Itamar Franco (à dir.) / Créditos: Divulgação

Nas mãos dos humoristas do Casseta & Planeta, o presidente mineiro foi incorporado como Devagar Franco, com uma fala puxada ao estereótipo caipira. Aparecia no programa sempre em ocasiões onde não foi chamado, como na vez que ficou esperando Madonna descer de seu hotel na vinda ao Brasil. “Eu não estava fazendo nada, vim parar aqui”, diz o personagem.

A referência sobre esse trejeito do personagem é o fato de que o mesmo assumiu a presidência em decorrência a renúncia de Collor, e não era esperado.  Uma menção honrosa de seu nome foi quando se tornou o bichinho virtual mais amado do Brasil: O Itamar Goshi.

3. Fernando Henrique Cardoso foi imitado por Hubert Aranha

Hubert Aranha (à esq.) e FHC (à dir.) / Créditos: Divulgação

Os roteiristas do Casseta & Planeta aproveitou o gerúndio presente no nome Fernando para abusar dos trocadilhos com o presidente. Quando o Brasil chegou a final da Copa do Mundo de 1998, o presidente Comemorando Henrique Cardoso fez o pronunciamento. Quando teve de se encontrar com Bill Clinton, presidente dos EUA, virou o Viajando Henrique Cardoso.

Quando o Plano Real se estabilizou, o sobrenome de FHC se tornou o alvo: Fernando Henrique Orgulhoso. Era sempre retratado como o intelectual engomadinho que tinha certo receio de ir para o meio do povão.

4. Luiz Inácio Lula da Silva foi imitado por Bussunda

Bussunda (à esq.) e Lula (à dir.) / Créditos: Divulgação

Quando o presidente, de origem nordestina e sem origem rica, assumiu a presidência, o estereótipo de um homem sem classe e sem estudos, mas muito carismático, foi incorporado pelo Cláudio Besserman Viana, o falecido Bussunda. Sempre carregado de erros de português, chegou a ser o professor Pasqualula, em referência ao professor Pasquale Cipro Neto.

Seu nome também foi vitima dos trocadilhos; foi Luiz Desocupácio, Luiz Aposentácio e, quando fez promessas sobre os programas de desenvolvimento social, virou Luiz Falar-é-fácil Lula da Silva.

5. Dilma Rousseff foi imitada por Gustavo Mendes

Gustavo Mendes (à esq.) e Dilma (à dir.) / Créditos: Divulgação

Favorável ao governo da presidente, a imitação era tão boa que Gustavo chegou a ser acusado de fazer campanha para Dilma. Entretanto, não abria mão de criticar quando podia e brincava com as confusões que a presidente fazia com as palavras durante os discursos; brincava sobre saudar a mandioca e estocar ar.

Sempre com uma postura totálitária e debochada, a Dilma de Gustavo não teve o nome trocado e chegou a se encontrar com a presidente após seu processo de impeachment. Ela o abraçou e elogiou a imitação.


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