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Matérias / Guerras

Além da ameaça Putin: 5 vezes em que a 3ª Guerra Mundial beirou a realidade

Discurso de Putin na última quarta-feira, 21, reacendeu medo que dominou o mundo pós 1945

Fabio Previdelli Publicado em 03/01/2020, às 14h17 - Atualizado em 22/09/2022, às 17h31

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Explosão termonuclear de 150 megatoneladas, Bikini Atoll, 1 de março de 1954 - Getty Images
Explosão termonuclear de 150 megatoneladas, Bikini Atoll, 1 de março de 1954 - Getty Images

Na última quarta-feira, 21, o presidente russo Vladimir Putin fez um discurso televisionado onde convocou cerca de 300 mil reservistas para reforçar as tropas de seu país em diversas regiões da Ucrânia invadida. 

Outro ponto importante, porém, foi uma ‘resposta’ ao Ocidente sobre uma possível chantagem nuclear, ameaçando usar suas armas caso necessário. 

"Gostaria de lembrar àqueles que fazem afirmações sobre a Rússia que o nosso país também dispõe de vários meios de destruição e que, em alguns casos, eles são mais modernos do que os dos países da Otan. Se a integridade territorial russa for ameaçada, utilizaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e o nosso povo”, declarou. 

Isso não é um blefe. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares devem saber que a direção dos ventos pode mudar e apontar para eles”, concluiu. 

Com o discurso agressivo, um medo sobre a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial voltou a assombrar muitos. Mas, afinal, o mundo já esteve à beira de um novo conflito global?

Terceira Guerra?

Pós Segunda Guerra Mundial o mundo vivia uma 'certeza' que um terceiro conflito entre nações era quase que inevitável. Isso porque a União Soviética surgiu como uma grande potência que rivalizou por anos com os Estados Unidos.

Essa rixa aterrorizou o mundo, e diversas nações se sentiram ameaçadas com o surgimento da bomba atômica. Apesar desse conflito anunciado nunca acontecer, ele passou perto de se concretizar em muitas ocasiões. Confira 5 vezes em que a 3ª Guerra Mundial quase devastou o mundo:

1. A Operação Impensável de Winston Churchill

Em 1945, Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, estava preocupado com a estadia de combatentes na Europa mesmo após o fim da Segunda Guerra. Assim, o governo criou a chamada 'Operação Impensável', que visava atacar a União Soviética em 1º de julho daquele ano — pouco tempo depois da rendição dos nazistas.

Winston Churchill dá seu famoso sinal em V ao abrir a nova sede do esquadrão 615 / Crédito: Getty Images

Entretanto, o plano se tornou inviável já que as tropas sovietes tinham o dobro de tamanho em relação s dos Aliados. Para completar, os americanos ainda estavam em conflito com os japoneses. Por fim, a 'Operação Impensável' se tornou impraticável.


2. Quando os EUA quase soltaram bombas nucleares na China

No início da década de 1950, Estados Unidos e a China se envolviam na Guerra da Coreia. Na ocasião, os norte-americanos tinham o presidente Harry Truman no poder. O mandatário era constantemente pressionado pelo general Douglas MacArthur para usar a bomba atômica contra os asiáticos.

A ideia chegou a ser especulada por algum tempo, mas Truman acabou descobrindo que MacArthur havia passado por cima de sua soberania e conseguiu, de maneira não oficial, um aval para lançar 50 bombas em solo chinês. Sem autorização presidencial, é claro.


3. A falha na conexão em Berlim

O ano de 1961 foi marcado pelo início da construção do Muro de Berlim e pelo quase ataque nuclear feito pelos Estados Unidos. Tudo começou quando a única linha telefônica que se conectava com a sede do Comando de Defesa Aeroespacial dos Estados Unidos, a Norad, ficou muda.

Pela falta de comunicação, os americanos armaram seus mísseis nucleares à espera da ordem de ataque. Porém, a linha de comunicação foi concertada rapidamente e o ataque contra os soviéticos foram suspensos.


4. Os EUA quase se aliaram com Mao Tsé-Tung contra a URSS

Em 1969 um grupo de 60 mil soldados chineses atravessaram a fronteira com a União Soviética para escaparem da extrema condição de fome que viviam. Entretanto, o líder Mao Tsé-Tung não gostou muito da ideia e acusou o então secretário-geral do comitê central da antiga União Soviética, Leonid Brejnev, de incentivar essa subversão.

Nikita Khrouchtchev no aeroporto de Pequim, na companhia de Mao Tsé-Tung e Liu Shao-Tsi / Crédito: Getty Images

Caso um conflito se iniciasse, os americanos avisaram que se aliariam aos chineses e declarariam guerra contra a URSS. Porém, Mao fez alguns acordos com os socialistas, assim como alguns trechos das fronteiras foram redefinidos. Mas isso não impediu que algumas dezenas de soldados morressem.


5. Uma falha nos computadores faz os soviéticos pensarem que estão sendo atacados

Uma falha no sistema de detecção de misseis quase levaram os soviéticos a atacarem os americanos em 1983. Assim que detectaram um míssil vindo dos americanos, os soviéticos logo redirecionaram os mísseis nucleares na Polônia para a Europa Ocidental.

Por sorte, Stanislav Petrov, um oficial da força aérea, desconfiou que o alerta pudesse ser um defeito nos computadores e decidiu não alertar os oficiais em Moscou. Ele conseguiu identificar a falha a tempo e preveniu o que poderia ser um embate catastrófico.