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Matérias / Música

51 anos sem Janis Joplin e o mistério por trás do “Clube dos 27”

A Rainha do Rock teve um fim trágico que garantiu seu ingresso no Clube dos 27

Rafaela Bertolini, sob a supervisão de Isabella Bisordi Publicado em 04/10/2021, às 18h21

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Janis Joplin em visita ao Brasil (1970) - Brazilian National Archives/ Domínio Público, via Wikimedia Commons
Janis Joplin em visita ao Brasil (1970) - Brazilian National Archives/ Domínio Público, via Wikimedia Commons

Alguns nomes eventualmente surgem no mundo da música para serem marcados por toda a eternidade e com o Rock não seria diferente. De tempos em tempos, novos artistas alcançam a fama através de suas músicas icônicas, tomando o seu lugar como lendas na história. Janis Joplin foi um desses nomes, sendo ela uma das primeiras mulheres a chegar ao topo da fama e se destacar no mundo do rock.

Joplin era conhecida por sua personalidade forte, o que ao mesmo tempo que a ajudou a construir a sua carreira, foi o que mais fez as pessoas lhe julgarem. Ela era polêmica por apoiar coisas consideradas controversas para a sua época, como o amor livre e o movimento negro. Vinda de uma família conservadora e tradicional, Janis era a filha fora da curva que um dia viria a revolucionar a história do Rock.

Carreira

A trajetória de Janis pela música se desenvolveu em lugares como a Califórnia e o Texas - seu estado natal - sendo que ela passou por grupos musicais como “Waller Creek Boys” e “Big Brother and the Holding Company” onde lançaria três dos seus quatro álbuns na carreira. Ela era conhecida por sua forte influência do blues e, segundo Holly George-Warren, autora da biografia “Janis Joplin: Sua vida, sua música”, disse em entrevista ao Rascunho, cantoras como Lead Belly, Odetta e Bessie Smith tiveram um grande papel para o desenvolvimento do seu estilo musical.

Janis Joplin e sua banda Big Brother and the Holding Company” - Crédito: Albert B. Grossman/ Domínio Público, via Wikimedia Commons
Janis Joplin e sua banda Big Brother and the Holding Company” - Crédito: Albert B. Grossman/ Domínio Público, via Wikimedia Commons

Ela passou a vida frequentando bares e cafés para apresentar a sua música para o público que curtia blues. Com o tempo, ela foi conquistando públicos maiores como no Festival Pop de Monterey com platéia estimada em mais de 200 mil pessoas. O seu crescimento no cenário musical contribuiu para que Janis lançasse uma carreira solo que lhe fez ganhar um lugar entre os 100 maiores artistas de todos os tempos, segundo a Rolling Stone.

Os demônios do passado e seu fim trágico

Sempre há uma história nos bastidores de toda fama e com Janis Joplin não seria diferente. Durante seus anos escolares, Janis sofria bullying, o que acarretou em uma depressão e bulimia que a seguiram por toda a vida. Ela também nunca teve muita sorte no departamento amoroso, sendo que o seu relacionamento com o artista David George Niehaus teve um péssimo fim após ele flagrá-la com sua ex-namorada, Cassandra. O término viria a ser devastador para Janis, que entrou em uma depressão profunda.

Janis Joplin em 1970 - Crédito: Albert B. Grossman Management (personal manager), New York./ Domínio Público, via Wikimedia Commons

Janis Joplin em 1970 - Crédito: Albert B. Grossman Management (personal manager), New York./ Domínio Público, via Wikimedia Commons 

Ela, no entanto, tentou se livrar dos seus vícios com bebidas e heroína, o que deu certo por cinco meses durante seu tratamento com especialista e o consumo de metadona, que era um medicamento que a livrava da dependência química. Mas Janis sofreu uma recaída em 1970, em um hotel em Los Angeles, onde viria a ser encontrada sem vida no dia 4 de outubro devido a uma overdose de álcool e heroína.

O Clube dos 27 e as teorias da conspiração

Janis morreu poucos dias depois do icônico guitarrista Jimi Hendrix, que foi encontrado morto no Hotel Samarkand em Notting Hill asfixiado em seu próprio vômito, composto em geral por vinho tinto e provocado pela ingestão de pelo menos 9 pílulas para dormir. Mas além de datas de morte muito próximas e por serem grandes astros do Rock, algo aproximava os dois: o estranho fato de que ambos teriam morrido com 27 anos.

Anterior a morte de Joplin e Hendrix, outros grandes artistas do rock já haviam perdido suas vidas com 27 anos, como foi com o pioneiro do gênero Robert Johnson em 1938 e o fundador do Rolling Stones, Brian Jones em 1969. O que viria posteriormente ser chamado de “Clube dos 27” sempre teve teorias da conspiração que rodaram a misteriosa morte desses artistas e de outros que viriam a falecer com 27 anos posteriormente - como Jim Morrison do The Doors, Amy Winehouse e Kurt Cobain do Nirvana.

O porquê grandes artistas morreram aos 27 anos ainda é um mistério. Já houveram muitos estudos que tentaram encontrar uma explicação para esse fato, mas que não obtiveram sucesso. E claro que toda história mal resolvida é preenchida de teorias da conspiração. Muitos tentam explicar que vários desses artistas foram assassinados pelo governo americano a fim de acabar com as polêmicas causadas por eles. Outros pensam que Robert Johnson teve sua alma coletada pelo Diabo após sua venda em troca de fama.

O Clube dos 27 sempre continuará um mistério, apesar das mortes serem cercadas de coincidências bizarras em sua causa,envolvendo principalmente a depressão e o consumo de drogas. A única coisa que é certa sobre ele é que muitos artistas icônicos foram levados cedo demais através de um fim tão trágico.

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