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Matérias / Entretenimento

8 produções com histórias de pessoas comuns, mas que fizeram a diferença

Conheça filmes com a narrativa de pessoas comuns que se transformaram em um guia para quem quer fazer a diferença

Coluna - Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 11/04/2021, às 09h00

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Cena do filme Alexandria (2009) - Divulgação
Cena do filme Alexandria (2009) - Divulgação

Alguns conhecidos, outros nem tanto. De repente as pessoas se veem estrelas de cinema, com suas vidas expostas com um só objetivo, ser uma inspiração. Esses personagens eram desconhecidos antes de virarem belas produções e, talvez, algumas delas você nunca tenha ouvido falar, mesmo que a sétima arte tenha lhe dado a oportunidade para isso.

A ideia principal é trazer ao público a garra daqueles que não eram conhecidos até serem expostos ao mundo, mas fizeram a diferença antes mesmo de sonharem com tamanha ascensão.

Se você conhece, relembre. Se não, chegou a hora de conhecer 8 produções cinematográficas que contam histórias fascinantes e instigantes de pessoas comuns, reles mortais, que fizeram da redondinha azul um lugar melhor de se viver.

1. Madame Curie (1944) 

Marie Sklodowska, uma estudante polonesa que ganha notoriedade na Universidade de Sorbonne, em Paris, e se transforma em uma opção considerável para uma grande pesquisa com o famoso Pierre Curie, que a rejeita a princípio. Uma mulher em seu laboratório poderia atrapalhar seus planos, em uma época que elas eram submetidas aos desejos masculinos.

Seu desempenho é tão impressionante, que ele se apaixona amorosa e profissionalmente por Marie. Com força, ela começa a pesquisar as propriedades radioativas no minério uranita, e acabou se tornando a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel.

2. Norma Rae (1979)

O filme baseado na história de Crystal Lee Sutton, como Norma Rae. Em uma pequena cidade do Alabama, Hinleyville, Norma está prestes a mudar a história dos trabalhadores. Trabalhadora de uma indústria têxtil, mãe solo de dois filhos, não aguenta mais as péssimas condições de trabalho e resolve mudar o rumo de sua vida e de tantos outros para sempre.

Influenciada por um sindicalista, Reuben Warshowsky, ela começa a lutar por seus direitos. A condição de mulher operária não a assustou, nem mesmo sua jornada dupla – materna e sindical, consegue a paralisação e protesto, denuncia as más condições e planta uma semente de otimismo nos trabalhadores.

3. A Pele (2006)

Dona de casa e mãe, Diane Arbus vivia em 1958 e trabalhava como assistente de seu marido, um fotógrafo contratado pelos pais ricos dela. Esse longa escancara toda a vida de uma mulher que não tem seu espaço, e consegue isso por meio da arte, tirando todo o peso do mundo das costas em retratos que não lhe conferem muito otimismo e, nem mesmo, agrada aos olhos de todos.

Seu ponto de fixação para despertar o que tinha dentro de si é seu vizinho, um homem considerado uma aberração circense, mas que estranhamente dá vida à Diane e faz dela uma célebre fotógrafa.

4. Escritores da Liberdade (2007)

A importância de vínculos sociais em sala de aulas é retratada nesta produção de forma magistral. Erin Gruwell é a peça chave desta comédia dramática, professora do ensino médio de uma escola periférica da Califórnia. Os caminhos de seus discentes são determinados pelas drogas, violência, falta de rumo, abandono e, claro, conflitos raciais.

Erin tem um desafio, e como qualquer professora, que pode mudar completamente o destino de seus alunos, ela escolhe rever suas metodologias e ganha respeito e interesse de seus alunos. E não para apenas na vida escolar deles, estende-se como uma espécie de mestra em suas vidas também, os ajudando a encarar de outras formas seus problemas sociais.

5. Alexandria (2009)

Uma das mulheres que abriu o mundo da ciência para o feminino. Alexandria foi uma matemática, filósofa e astrônoma da Grécia Antiga, considerada pagã e repetidamente atingida pelas tentativas de silenciá-la, mas ela resistiu e como docente fez história. A religião era um dos pontos mais debatidos pela Hipátia, que se tornou o seu algoz, quando foi assassinada e queimada por fanáticos religiosos.

6. Uma lição de vida (2010)

O conhecimento liberta, era nisso que acreditava Maruge quando decidiu entrar na escola aos 84 anos. A notícia de que o governo do Quénia ofereceria ensino gratuito para todos, fez com que esse senhor enfrentasse uma escola cheia de crianças e suas próprias dores de sua época de revolucionário.

Ann Peacock foi sua professora, que decidiu criar essa história de perseverança e aprendizado. De um lado uma discente, do outro um docente, os dois nada comuns, que deixaram uma história de amor pelo ensino e aprendizado.

7. Temple Grandin (2010)

Autista e revolucionária, Temple Grandin teve seu foco em fazendas. Quando foi visitar sua tia Ann em uma área rural, teve seu primeiro contato com o universo dos animais e isso mudou sua vida para sempre.

Descobriu que seus frequentes ataques de pânico esvaiam-se quando estava junto aos bovinos em suas jaulas. Incentivada constantemente em uma escola para super dotados, por insistência da sua mãe, conseguiu ter uma educação formal, e desenvolveu uma forma de anate humanitário, que visa o bem-estar dos animais.

8. Unidas pela Vida (2013)

Apesar de ser uma comédia, Annie Parker descobre que está com câncer de mama – doença que matou sua mãe. Mary-Claire King é uma geneticista que procura incansavelmente a cura da doença que assombra muitas mulheres.

A vida as uniu e fez com que uma lição de coragem fosse aprendida juntas, até que May descobre o gene causador do câncer, fato que contribui para o avanço da ciência nesta questão.

São histórias inspiradoras, que com certeza, emociona quem nunca passou por qualquer desses obstáculos, e proporciona esperança para quem está nas batalhas que a vida traz. Todos eles são um ponto de partida para quem quer lutar e vencer.


Sobre o cineasta

O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.