Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Nazismo

A dura vida de Olga Benário em Ravensbrück, o maior campo de concentração para mulheres

Após ter sido presa no Brasil e deportada para a Alemanha, a esposa de Luís Carlos Prestes foi parar em campos de concentração, onde passou seus últimos anos de vida

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/03/2021, às 11h35 - Atualizado em 12/11/2021, às 09h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Olga Benário - Wikimedia Commons
Olga Benário - Wikimedia Commons

Conhecida por muitos, a história de Olga Benário Prestes é repleta de lutas. Judia e militante comunista alemã, desde cedo começou a atuar em grupos de resistência aos regimes de extrema-direita, em especial o nazismo. Mais tarde, casou-se com o político brasileiro Luís Carlos Prestes, uma das personalidades mais influentes no país durante do século 20.

Após a chamada intentona comunista liderada por seu marido, Benário foi deportada para a Alemanha pelo presidente Getúlio Vargas em 1936 e, posteriormente, enviada a um campo de concentração.

Contudo, mesmo tendo passado sete anos presa, ela manteve as esperanças e acreditava que um dia seria libertada. É o que disse a jornalista britânica Sarah Helm em seu livro Ravensbrück, lançado em 2017.

Olga Benário quando foi presa no Brasil / Crédito: Domínio Público

No mesmo ano de lançamento da obra, Helm concedeu uma entrevista à DW, na qual revelou como foram os dias de Olga enquanto esteve sob domínio dos nazistas, explicando quais eram as atividades que exercia, tudo a partir de informações que obteve a partir do contato com cartas da revolucionária.

"Tive acesso à toda a coleção de cartas e descobri que, olhando para todas elas, temos uma ideia bem melhor da vida e da morte dela nos campos de concentração," disse a jornalista ao veículo.

O cotidiano de Olga em Ravensbrück

Grávida de sete meses à época em que foi deportada, ela teve sua filha Anita em uma prisão da Gestapo, onde permaneceram juntas durante o período de amamentação. Depois que foi separada da menina, no ano de 1938, Benário foi enviada provisoriamente a Litchenburg e, no ano seguinte, a Ravensbrück.

De acordo com Helm, a militante era encarregada de liderar o bloco das prisioneiras judias e, por isso, tinha de manter a ordem no local e seguir as determinações dos nazistas, o que teria sido "uma tarefa difícil". Mas Olga aliviava seu sofrimento e das demais presas a partir da leitura de poemas, além de que fazia exercícios físicos.

Prisioneiras em Ravensbrück / Crédito: Domínio Público

No entanto, o que chama atenção é que a militante foi capaz de fazer contato com outras mulheres que tinham o mesmo posicionamento político que ela e, assim, criar um grupo de resistência.

A autora do livro explicou que Olga "organizou, com as comunistas, um grupo de leitura de Tolstoi", livro que era proibido pelos nazistas. Assim, aproveitando-se de um momento de distração dos oficiais, as prisioneiras o resgataram.

Mas, de acordo com Sarah, "esse grupo de leitura foi descoberto certa vez, o que rendeu punições severas, com várias presas indo para a solitária e passando fome por semanas."

Uma rosa é deixada em homenagem às vítimas do holocausto em Ravensbrück / Crédito: Getty Images

Mantendo a esperança

Mesmo tendo passado sete anos desde sua prisão, Benário ainda teria esperanças de um de um dia ser libertada e reencontrar sua família. Conforme explicou Helm ao veículo em 2017, "Havia uma lei que garantia a liberdade se a pessoa fosse casada com alguém natural de um país estrangeiro, o que era o caso dela."

Além disso, "havia uma campanha mundial liderada pela mãe de Luís Carlos Prestes pedindo por sua libertação. Mas a guerra eclodiu antes que elas conseguissem o visto", explicou. Assim, mesmo com as pressões por sua soltura, a mulher foi enviada ao campo de extermínio de Bernburg e, em 23 de abril de 1942, foi morta em uma câmara de gás, aos 34 anos de idade.


+Saiba mais sobre o tema por meio de grandes obras disponíveis na Amazon Brasil

Ravensbrück: A história do campo de concentração nazista para mulheres, de Sarah Helm (2017) - https://amzn.to/33uHoi8

Olga Benario Prestes: uma comunista nos arquivos da Gestapo, Anita Leocadia Prestes (2017) - https://amzn.to/2utmV08

Olga Benário e Prestes, Bruno Biasetto (e-book) - https://amzn.to/38kdcYy

As Judias do Campo de Concentração de Ravensbrück, de Rochelle G. Saidel (2009) - https://amzn.to/2weCKbD

Remembering Ravensbrück: From Holocaust to Healing (Edição Inglês), de Natalie B. Hess (2020) - https://amzn.to/2U9gmZq

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W