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Matérias / O impossível

O impossível: Como é a história real por trás do filme?

Em 2004, uma família de férias na Tailândia foi surpreendida com uma catástrofe natural; a história de sobrevivência inspirou o filme O Impossível

Redação Publicado em 12/03/2021, às 08h00 - Atualizado em 13/03/2024, às 18h26

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Cena do filme O impossível (2012) - Divulgação
Cena do filme O impossível (2012) - Divulgação

Lançado em 2012, o filme 'O Impossível' se tornou um dos filmes mais populares baseados em histórias reais. Na trama, o público acompanha a saga de uma família que, em meio às férias, vê tudo mudar em meio ao sismo e tsunami do Oceano Índico em 2004, também sentido na Sri Lanka, Índia e Tailândia. 

A família em questão é formada por María Belón, Enrique Alvárez e os três filhos: Lucas, Simón e Tómas, explica o site da revista Mens Health. Na época da tragédia, eles se encontravam no Orchid Resort Hotel, localizado na Tailândia. O que seriam férias tranquilas se transformaram em pesadelo. 

Como retratado no longa-metragem, eles estavam na piscina do hotel quando o tsunami devastou tudo que existia ao redor. 

"Eu estava de frente para o mar e vi uma enorme parede preta", disse ela em entrevista repercutida pelo The Mirror em 2017. "Não pensei que fosse o mar. Achei que era uma parede preta vindo nos pegar". 

Águas violentas

Maria foi pega de surpresa, acordou arrastada pelas violentas águas. Naquele momento, só pensava que morreria sem conseguir se despedir do seu marido e das crianças. A sua lógica fazia sentido: a fúria do mar separou os familiares durante dois longos dias.

"Então todos eles desapareceram debaixo d'água", disse ela na mesma entrevista. "Passei por muitos momentos muito difíceis debaixo d’água – choque e medo pelos meninos". 

De acordo com a sobrevivente: "Os médicos disseram que fiquei debaixo d'água por mais de três minutos porque meus pulmões estavam cheios de água.

Família Belón e o elenco do filme O impossível/Crédito: Divulgação/Wikimedia Commons

Após conseguir se agarrar a uma árvore, veio a esperança. Após horas, a médica avistou Lucas flutuando na água e não pensou duas vezes até resgatá-lo. Aquela foi a fagulha de esperança que ela tanto precisava.

A uns 15 metros de distância eu vi uma cabecinha e pensei 'Meu Deus, acho que é o Lucas'", relembrou ela. "Depois disso eu o ouvi gritando por mim, então fui buscá-lo". 

Eles começaram a procurar um lugar alto para se protegerem, mas a mulher perdia muito sangue. "Eu estava morrendo, podia sentir isso acontecendo comigo. Quando eu estava no alto da árvore, sangrando muito e com feridas muito profundas, pude sentir o processo de morte", destacou Maria. "Tive uma hemorragia interna muito forte, bem como feridas externas". 

Foram horas de espera, até serem resgatados por um homem tailandês. Belón foi levada até o hospital.  Separados de Enrique, eles tinham medo do que poderia ter acontecido com os familiares. "Nem por um segundo acreditei que Quique e meus outros meninos estariam vivos", explicou ela. 

O pai

Com o impacto da água, Enrique se perdeu dos filhos mais novos. Arrastado pela água, conseguiu apoio numa árvore, a qual o ajudou por aproximadamente meia hora, explica o The Mirror. Ao mesmo tempo, ele não sabia o que havia acontecido com os filhos mais novos.

A luz no fim do túnel surgiu quando ouviu Tomas gritando pelos familiares. Ao reencontrar a criança, conseguiram apoio em outra árvore. Depois, ouviu o pedido de socorro de Simon. 

Após horas procurando pela esposa e o filho mais velho, os encontrou em um hospital. Em estado de saúde grave, Maria chegou a passar 14 meses em hospital, entretanto, sobreviveu a tragédia.

Cena do filme O impossível (2012) / Crédito: Divulgação

Durante anos, a família deu entrevistas na quais relembrou a experiência de sobreviver a um tsunami. Ao mesmo tempo, também é reforçada a importância da família e da perseveranças durante os momentos difíceis.

Após ter sobrevivo ao acidente, Maria vê a vida com outros olhos e passou a agradecer todos os dias por estar viva.

"Aprendi o que era a verdadeira generosidade durante o tsunami. Pessoas que não me conheciam passavam horas procurando minha família", disse ela, ainda de acordo com o The Mirror. "Sempre tive medo das coisas. O tsunami foi um presente incrível. Eu abraço a vida. Toda a minha vida é tempo extra".