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Matérias / Sobrenatural

A mais assombrada da Inglaterra: a macabra Reitoria Borley

Construída em 1826, o espaço foi palco para inúmeros espetáculos sobrenaturais, entretanto, a veracidade desses eventos permanece alvo de controversas até hoje

Fabio Previdelli Publicado em 10/06/2020, às 12h45

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Imagem da Reitoria Borley - Wikimedia Commons
Imagem da Reitoria Borley - Wikimedia Commons

“A casa mais assombrada da Inglaterra", foi assim que o pesquisador psíquico Harry Price descreveu a residência que fora construída em 1826 para abrigar o reitor da paróquia de Borley, Inglaterra, e seus familiares.

Após ser atingida pelo fogo em 1939, a Reitoria Borley ganhou traços ainda mais assustadores, entretanto, a fama de espaço sobrenatural da mansão de estilo gótico clássico vinha desde que a primeira pilha de tijolos foi levantada no local.

Essa fama da residência aumentou ainda mais depois que o jornal Daily Mirror publicou, em 1929, o relato de Price, que visitou a casa e escreveu dois livros que sustentavam alegações de atividade paranormal por lá.

O pesquisador psíquico Harry Price / Crédito: Wikimedia Commons

O material levantado por Harry se tornou tão popular que um estudo formal foi realizado pela Society for Psychical Research (SPR). Porém, a análise desta foi bem diferente, alegando que a maioria dos avistamentos relatados pelo pesquisador psíquico eram falsos — o que gerou uma certa dúvida sobre seu trabalho.

Apesar de suas afirmações serem desacreditadas por muitos historiadores nem mesmo uma critica negativa e nem o relatório da SPR abafaram o interesse público pela história da Reitoria Borley.

Mas o que de tão sobrenatural aconteceu por lá?

Eventos paranormais em Borley

Os primeiros relatos de atividades paranormais na Reitoria Borley são datados por volta de 1863, quando alguns moradores locais afirmaram ter ouvido o som de passos dentro da casa. Já em julho de 1900, as quatro filhas do reitor Henry Dawson Ellis Bull acreditam ter visto o fantasma de uma freira, a cerca de 40 metros do local.  Porém, quando elas tentaram contato, a figura desapareceu ao crepúsculo.

O organista local, Ernest Ambrose, disse mais tarde que a família estava "muito convencida de que havia visto uma aparição em várias ocasiões". Além do mais, diversas pessoas alegaram ter testemunhado uma variedade de incidentes intrigantes, como a figura de um treinador fantasma conduzido por dois cavaleiros sem cabeça, que permaneceu no local durante as próximas quatro décadas.

Em 9 de junho de 1927, Harry Bull morreu e a reitoria tornou-se novamente vaga. No ano seguinte, no segundo dia de outubro, o reverendo Guy Eric Smith e sua esposa se mudaram para a casa. Logo depois da mudança, a esposa de Smith, enquanto limpava um armário, encontrou um pacote de papel pardo contendo o crânio de uma jovem — o episódio é relatado no livro The End of Borley Rectory.

Pouco tempo depois, a família relatou uma variedade de incidentes, incluindo os sons dos sinos tocando, luzes aparecendo nas janelas e o barulho inexplicável de passos. Além disso, a esposa de Smith acreditava ter visto uma carruagem puxada a cavalo à noite.

Assim, os Smiths contataram o Daily Mirror, pedindo para que entrassem em contato com a SPR. Em 10 de junho de 1929, o jornal enviou um repórter, que prontamente escreveu o primeiro de uma série de artigos detalhando os mistérios de Borley.

O periódico também providenciou para que Harry Price fizesse sua primeira visita à casa. Ele chegou lá em 12 de junho e, imediatamente, novos fenômenos sobrenaturais começaram a surgir, como pedras sendo arremessadas no local, assim como vasos e outros objetos.

Além do mais, "mensagens espirituais" foram encontradas na moldura de um espelho. Entretanto, assim que Price saiu, esses eventos cessaram. A esposa de Smith, mais tarde, sustentou que ela já suspeitava que Price havia armado esses fenômenos.

Os Smiths deixaram Borley em 14 de julho de 1929 e a paróquia teve alguma dificuldade em encontrar um novo inquilino. No ano seguinte, o reverendo Lionel Algernon Foyster e sua esposa Marianne se mudaram para a reitoria com sua filha adotiva Adelaide.

Reitoria Borley após pegar fogo / Crédito: Wikimedia Commons

Foyster escreveu um relato de vários incidentes estranhos que ocorreram desde o momento em que eles se mudaram, como o aparecimento de escritos em paredes e o fato de sua filha ter ficado trancada em um quarto sem chaves.

Marianne também disse que foi tomada por um poltergeist que, constantemente, lhe arremessava da cama. Com isso, a família tentou — por duas vezes — realizar uma cerimônia de exorcismo no local, mas os esforços foram infrutíferos.

Devido à publicidade no Daily Mirror, esses incidentes atraíram a atenção de vários pesquisadores psíquicos, que após investigação foram unânimes em suspeitar que os eventos foram causados, consciente ou inconscientemente, por Marianne Foyster.

Mais tarde, ela admitiu que estivesse tendo um relacionamento sexual com o inquilino, Frank Pearless, e que usava explicações paranormais para encobrir seus contatos. Os Foysters deixaram Borley em outubro de 1935.

Em 27 de fevereiro de 1939, o novo proprietário da reitoria, o capitão WH Gregson, estava desempacotando caixas e acidentalmente derrubou uma lâmpada de óleo no corredor. O fogo logo se espalhou rapidamente e a casa foi severamente danificada. Depois de investigar a causa do incêndio, a companhia de seguros concluiu que o incêndio havia sido iniciado deliberadamente.

Já em ruínas, em agosto de 1943, Harry Price realizou uma breve escavação nos porões da casa e descobriu dois ossos que se pensava ser de uma jovem mulher. Os restos receberam um enterro cristão no cemitério de Liston, depois que a paróquia de Borley recusou-se a permitir que a cerimônia acontecesse lá devido a opinião pública dizer que os ossos pertenciam a um porco. A casa foi demolida no ano seguinte.


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