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Matérias / Personagem

A melancolia de Roosevelt, o presidente que perdeu a mãe e a mulher no mesmo dia

O ano de 1884 marcou profundas perdas na vida pessoal do presidente

Redação Publicado em 09/02/2020, às 10h00 - Atualizado em 24/09/2022, às 13h00

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Pintura oficial de Theodore Roosevelt na presidência - Wikimedia Commons
Pintura oficial de Theodore Roosevelt na presidência - Wikimedia Commons

Aos 26 anos, muito antes de se tornar o 26º presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt viveu um dia marcado por duas experiências, no mínimo, traumáticas. Trabalhando na Assembleia do estado de Nova York, Roosevelt recebeu um telegrama pedindo que voltasse para casa: a saúde de sua mãe esta em nível crítico. 

Prestes a completar 50 anos, Martha Roosevelt estava com tifo — uma doença infectocontagiosa. Assim que chegou em casa, em 14 de fevereiro de 1884, sua mãe não demorou a falecer devido a doença, e veio a óbito na madrugada.

Alice Hathaway Lee Roosevelt, esposa de Theodore, e Martha Bulloch, sua mãe / Crédito: Wikimedia Commons

Enquanto sua mãe agonizava em uma preocupante febre, sua mulher, Alice — que dois dias antes havia dado à luz — estava no andar de cima da casa com falência nos rins, que não pôde ser diagnosticada por conta da gravidez.

Alice mal conseguia reconhecer Theodore, tamanho era seu sofrimento. Sem esperar que fosse encontrar sua esposa naquele estado, o futuro presidente teve que ver sua mulher morrer 11 horas depois de sua mãe, na mesma casa, as duas pessoas que mais amara.

Depois desse dia, Theodore Roosevelt nunca mais falou o nome de sua mulher, e nunca deixou que ninguém o fizesse em sua presença. Nem mesmo sua filha, Alice Longworth Roosevelt, ouviu da boca de seu genitor o familiar nome da mãe. Ele acreditava que conseguiria superar a dor ao esquecer a perda.

The Light has gone out of my life, do diário de Theodore Roosevelt no dia 14 de fevereiro 1884 / Crédito: Theodore Roosevelt Digital Library. Dickinson State University.

Em seu diário pessoal, Roosevelt escrevia sobre Alice desde o primeiro dia em que se viram. Seus pequenos gestos, sorrisos e silêncios e seus planos futuros todos constavam em suas anotações. No fatídico dia 14 de fevereiro de 1884, somente uma anotação foi feita: "A luz de minha vida se foi".


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