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Matérias / Estados Unidos

A mulher que fez uma decoração de Halloween baseada nos crimes ocorridos em sua casa

18 anos atrás, a casa de Amanda Gee foi palco de um crime brutal — este ano, porém, ela o transformou em tema de decorações festivas

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/11/2021, às 08h00

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Trecho de vídeo mostrando os ornamentos na fachada da casa - Divulgação/ Youtube/ MLive
Trecho de vídeo mostrando os ornamentos na fachada da casa - Divulgação/ Youtube/ MLive

No ano de 2003, uma pacata avenida do condado de Kent, que fica localizado no estado norte-americano de Michigan, foi cenário de um chocante homicídio triplo cujo autor era um rapaz de apenas 17 anos de idade. 

A primeira pessoa que Jon Siesling matou foi sua mãe, Sharon, de 47 anos. Ele bateu nela com um taco de beisebol e depois cortou sua garganta usando uma faca de cozinha. Sua vítima seguinte foi a irmã mais nova, Katelin, de 15.

Por fim, ele tirou a vida da caçula, Leah. A garotinha estava brincando do lado de fora, onde havia neve, no momento dos dois primeiros assassinatos. Quando entrou, a visão do sangue e de sua família morta fez com que começasse a chorar. Foi nesse momento que Jon a matou, ainda fazendo uso da faca. 

O pai da família, que trabalhava como caminhoneiro, estava na estrada durante a noite em que os horríveis eventos se desenrolaram. Segundo informações do site MLive, que reporta notícias de Michigan, os parentes do homem relatam que ele "nunca foi o mesmo" depois do episódio. 

Nos meses anteriores ao trágico crime, JonSiesling havia sido hospitalizado algumas vezes por conta de problemas de raiva, tentativas de suicídio e depressão severa. 

A despeito de sua juventude, Jon Siesling foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional como consequência de seus atos. 

Montagem mostrando fotografias de Jon Siesling na prisão e em uma audiência recente, em que a condicional foi novamente recusada para ele / Crédito: Divulgação/ Departamento de Correções de Michigan/ Youtube/ 13 on your side

Ornamentos de gosto duvidoso

Amanda Gee, a atual moradora da residência, decidiu que seria uma boa ideia decorar o lugar usando a temática do homicídio triplo neste Halloween de 2021.

Ela instalou três lápides em seu jardim, uma fita amarela do tipo que é usada por policiais para isolar cenas do crime e pintou as janelas com sangue falso, entre outros detalhes macabros. 

Visão completa da fachada da casa / Crédito: Divulgação/ Youtube/ MLive

As escolhas decorativas da norte-americana, no entanto, rapidamente atraíram as críticas dos vizinhos, que consideraram os ornamentos desrespeitosos à memória da família que um dia ali viveu. 

Outro detalhe é que Sharon, a mãe vitimada por seu filho adolescente, era amiga de Amanda, e vivia de aluguel no local. Assim, como Gee era a proprietária da construção, foi ela que precisou limpar respingado no chão e nas paredes depois que os investigadores haviam coletado as evidências de que precisavam. 

Em uma entrevista à emissora de televisão estadunidense WZZM 13, a dona da residência tentou explicar qual era sua intenção com as decorações controversas: 

“Há 18 anos, as pessoas passam por aqui buzinando, parando para tirar fotos e gritando comigo porque moro aqui. Meu filho passou todos os quatro anos na Kenowa Hills High School sendo intimidado por causa disso. Já que tudo o que todo mundo vê quando eles passam é o que aconteceu aqui, eu decidi apenas dar isso a eles", disse ela. 
Zoom mostrando detalhes da decoração de Gee, como as marcações de evidências e um taco de beisebol / Crédito: Divulgação/ Youtube/ MLive

Infelizmente, é fato que o brutal assassinato, devido à grande cobertura midiática que recebeu na época, acabou se tornando famoso. Assim, a casa que um dia foi habitada pelos Siesling virou uma espécie de "ponto turístico macabro" para aqueles interessados em crimes reais. 

Na opinião de outra pessoa próxima da família, porém, as decorações foram ofensivas e inaceitáveis. 

“É simplesmente nojento, especialmente porque esse crime aconteceu perto de casa”, contou Kathy Gordon, amiga de Katelin, à emissora norte-americana. 

Ela não é a única que preferia esquecer o episódio. Segundo informações da MLive, o detetive Dan Raap, que esteve envolvido no caso, alega ainda ser "assombrado" pela quantidade de sangue que estava presente na cena do crime.