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Matérias / Crimes

A saga de Leonardo Pareja, o bandido marcado pela ousadia e fama nos anos 1990

O goiano foi responsável por sequestrar a sobrinha de Antônio Carlos Magalhães e liderar rebeliões com apenas 22 anos de idade

Wallacy Ferrari Publicado em 16/05/2021, às 10h00

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Leonardo concede entrevista na prisão durante documentário - Divulgação / YouTube / Canal Sem Registro / Canal Brasil
Leonardo concede entrevista na prisão durante documentário - Divulgação / YouTube / Canal Sem Registro / Canal Brasil

Jovem, bonito, se expressando de maneira concisa e segura, além de falar com naturalidade na língua inglesa e espanhola. Todos os requisitos apontariam facilmente um herói da vida real, mas no caso de Leonardo Pareja, as características se tornaram um símbolo de sua saga antiga.

Com tal charme hollywoodiano, ganhou notoriedade nas manchetes policiais na metade da década de 1990, quando em uma ação criminosa, assaltou um hotel em Feira de Santana, na Bahia, e ao tentar sair ileso, manteve refém por três dias uma sobrinha de 16 anos do então senador Antônio Carlos Magalhães

A medida chamou atenção pelo drible dado nos policiais; usando um óculos modelo Wayferer, conseguia evitar a ação de atiradores de elite ao colocar um lençol sobre o corpo colado ao da jovem. Além disso, concedeu entrevista para a rádio local Subaé durante o crime, como noticiou a Folha.

“Já disse que a polícia não vai ter uma segunda chance. Não tenho medo da morte”, disse ele antes de conseguir efetuar a fuga do hotel, durante a noite — pois nas palavras dele, “porque neste horário todos os gatos são pardos”. Era o início de uma caçada policial e midiática.

Fotografia mostra destaque do sequestro de Pareja em revista / Crédito: Divulgação / Twitter / OAprendizVerde

Usando os dons

Com apenas 21 anos de idade, passou a protagonizar uma fuga que cruzou três estados, como informou o podcast Ficha Criminal do portal UOL, parando em diversos pontos de seu trajeto até Goiânia para conceder entrevistas, dar autógrafos e até anunciar para qual local iria, mas conseguindo fugir dos policiais com operações montadas.

Ao ser finalmente encontrado, se entregou sem apresentar resistência, aproveitando o destaque para se inserir na prisão como um orador. Engana-se quem pensa que o encarceramento limitou as ações do goiano; do contrário, passou a ser porta-voz de movimentos pela liberdade e melhorias, concedendo entrevistas em tumultos.

Em uma das rebeliões, no Centro Penitenciário Agroindustrial de Goiás (Cepaigo), subiu 15 metros e solicitou a ajuda de um detento para levar o violão ao topo de uma caixa d’água, onde tocou a música ‘Admirável Gado Novo’, do paraibano Zé Ramalho, cuja letra fala sobre a dificuldades das classes menos favorecidas da sociedade

“Vida Bandida”

Em abril de 1996, o estopim foi a organização de uma rebelião com seis dias iniciada durante uma visita de seis autoridades regionais de segurança, entre eles o então presidente do TJ-GO, Homero Sabino. A tentativa resultou em uma fuga em massa, além de estampar a capa da revista Veja com a manchete “O Bandido e os Otários: Como Leonardo Pareja fez a polícia de boba”.

Antes de ser levado de volta no dia seguinte, parou em um bar e pagou uma rodada de bebida para os presentes, além de distribuir autógrafos, como informou o jornal Opção. Mesmo assim, continuou ativo dentro da prisão, realizando um documentário sobre sua trajetória, chamado “Vida Bandida”. Contudo, durante a pós-produção do longa metragem, se envolveu em uma briga com um dos principais companheiros da prisão, que chegou a ser elogiado nas entrevistas.

Conforme relatado pela Folha de S. Paulo na época, um túnel de fuga acabou sendo descoberto por agentes penitenciários, com a revelação sendo atribuída a Leonardo. Desta maneira, uma emboscada foi armada, de maneira que o rapaz fosse assassinado em dezembro de 1996, aos 22 anos, com 7 disparos no corpo.


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