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Matérias / Personagem

A saga do 'Escobar brasileiro' que fugiu de autoridades na própria aeronave

Em novembro de 2020, o narcotraficante mais procurado da Europa fugiu para Kiev, na Ucrânia

Larissa Lopes, com supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/03/2021, às 11h37

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Quantia de 11 milhões de euros abandonada pelo narcotraficante - Divulgação/Polícia Judiciária de Portugal
Quantia de 11 milhões de euros abandonada pelo narcotraficante - Divulgação/Polícia Judiciária de Portugal

Quando se fala em narcotráfico é quase impossível não se lembrar de Pablo Escobar. O traficante ficou conhecido em todo o mundo e na História como “o senhor da droga colombiano”, mas morreu em 1993, como chefe do Cartel de Medellín.

Ainda hoje, é lembrado como um dos criminosos mais conhecidos do mundo, tendo inspirado a série ‘Narcos’, da Netflix, que foi protagonizada pelo ator brasileiro Wagner Moura

A similaridade de Escobar com o Brasil não para por aí. O ex-policial militar do Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, é conhecido como “Escobar brasileiro” pelos portugueses, já que é o maior narcotraficante procurado atualmente na Europa.

O narcotraficante Pablo Escobar em mugshot famosa / Crédito: Wikimedia Commons

Como repercutido pelo Uol, através do colunista Josmar Jozino, o homem tem 62 anos e é conhecido como Major Carvalho. Em novembro de 2020, ele comprou uma empresa aérea em Cascais, estância a 40 quilômetros de Lisboa, e fugiu para Kiev, na Ucrânia.

De acordo com as investigações, Sérgio Roberto teria deixado, antes de fugir, a quantia de 11 milhões de euros — o equivalente a mais de R$ 73 milhões — escondidos em malas. Estas, estariam dentro de uma van na garagem de um prédio da Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde havia alugado um apartamento.

Contando com uma identidade falsa, o “Escobar brasileiro” morava em uma luxuosa mansão — avaliada em quase R$ 15 milhões — em Marbella, cidade do sul da Espanha. Era dono de dois apartamentos em Lisboa e de uma empresa em Dubai, nos Emirados Árabes. Todos os seus bens foram bloqueados judicialmente.

Investigação

Agora, a Polícia Judiciária de Portugal investiga se os quinhentos e setenta e oito quilos de cocaína encontrados no avião Falcon 900 foram encomendados por Sérgio. O veículo aéreo era da empresa Táxi Aéreo Omni Aviação e fora localizado no dia 9 de fevereiro, no Aeroporto Internacional de Salvador, Bahia.

A chamada “Operação Enterprise”, iniciada no fim de 2020 pela Polícia Federal, concluiu que o traficante brasileiro fez o envio de quarenta e cinco toneladas de cocaína do Brasil para a Europa, através de portos brasileiros. 

Avião utilizado para fuga do "Escobar brasileiro" / Crédito: Divulgação/Polícia Judiciária de Portugal

O montante de drogas foi estimado em R$ 2,25 bilhões. De acordo com as autoridades lusitanas, Sérgio Roberto comprou a empresa aérea Airjetsul, que também opera em Cascais, com um único objetivo: usar os veículos da companhia para transportar droga entre três continentes — Europa, África e Ásia.

Outra investigação está averiguando se o Major Carvalho comprou a empresa Omni com a ajuda de lobistas brasileiros e "cartolas" ligados ao futebol português. 

Para a imprensa portuguesa, o empresário brasileiroJoão Loureiro, ex-presidente do time Boavista, é um dos suspeitos de intermediar a negociação. Contudo, em entrevista à rede de televisão SIC, João afirmou não ter envolvimento no caso.

Sede em São Paulo

Documentos que revelam a lista de sete passageiros — a maioria ligada ao futebol — os quais embarcariam no jato foram acessados pelo Uol.  Ainda, a reportagem do veículo teve acesso a outra documentação que apontou o custo de 130 mil euros — R$ 807 mil — no frete do jato da Omni, utilizado para a fuga.

A empresa que arcou com os custos tem sede na Vila Santa Maria, bairro da zona norte da capital de São Paulo. Segundo o Uol, a Polícia Federal não quis exibir comentários sobre a aeronave portuguesa e acrescentou que as investigações em andamento são sigilosas.


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