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Matérias / Brasil

A tristeza da Princesa Isabel: Luísa Vitória de Orléans e Bragança, a filha que nasceu morta

Em um dos episódios mais trágicos da Família Imperial Brasileira, o cumprimento de uma lei resultaria no fim de um sonho de 10 anos

Wallacy Ferrari Publicado em 19/07/2020, às 08h00

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Retrato de Princesa Isabel - Wikimedia Commons
Retrato de Princesa Isabel - Wikimedia Commons

O príncipe Gastão de Orléans e dona Isabel, Princesa Imperial do Brasil, não saberiam quanto tempo a monarquia ainda se instalaria no país, mas faziam questão de exercer a hereditariedade desde a colonização.

Apesar da saúde de Isabel, sua infertilidade resultou em medidas constantes; a filha de Dom Pedro II se submeteu a todos os tipos de tratamentos médicos disponíveis no Brasil para estimular os ovários, recorrendo aos principais consultórios com a disponibilidade das mais altas tecnologias que a medicina proporcionava.

Durante anos, o casal prosseguiu procurando auxílio e simplesmente não faziam questão de aceitar que Isabel não poderia ter filhos. Uma recomendação da tia de Isabel, Francisca, Princesa de Joinville, mudaria os rumos do tratamento, porém, poderia custar muito mais caro do que o esperado.

Desenvolvida na Europa

A recomendação de Francisca era os doutores Depaul e Campbell, atuantes na Europa exclusivamente no ramo obstétrico. Juntos, desenvolveram um caríssimo tratamento para gravidez. Dinheiro não era um problema para a princesa, mas o deslocamento e tempo eram longos e cansativos. Mesmo assim, Isabel topou, viajando até Portugal em 1873 para buscar suporte médico.

O tratamento foi demorado e contou com a observações exclusiva dos médicos, porém, foi um sucesso, com a monarca descobrindo que estava grávida já com a barriga notavelmente acrescida. Com a descoberta, um novo problema surgia; a Constituição Brasileira de 1824 previa que o filho só poderia herdar o trono se nascesse em solo brasileiro. Com esse fator, iniciava uma longa discussão sobre a necessidade de realizar uma desgastante viagem.

De acordo com os médicos, a navegação de meses poderia prejudicar a saúde de Isabel e da criança, visto que a mesma não teria todos os cuidados do pré-natal e estaria com suprimentos racionados até o retorno. Dom Pedro II chegou a solicitar ao Conselho de Estado uma brecha no artigo, mas os conselheiros optaram pelo regresso da princesa.

Estátua no túmulo de Luísa Vitória de Orléans e Bragança / Crédito: Divulgação/TheShowaDaily

Berço brasileiro

Antes de retornar, o estado de saúde de Isabel piorava, sendo acompanhada pela tia Franscica. Em carta, a princesa de Joinville descreveu a situação como “delicadíssima”, visto que a viagem proporcionava um grande risco ao filho da princesa. D. Pedro II chegou a receber uma carta da filha pedindo a benção do pai: "Meu Papai, tenha dó de mim e reze por nós três!".

A chegada acalmou a família, com o parto sendo realizado em 28 de julho de 1874 no Palácio Isabel. Acompanhada por quatro médicos e uma parteira francesa, o risco era tamanho que a criança foi batizada ainda no ventre da mãe com o nome Luísa Vitória, em homenagem aos avós paternos. O parto durou cinco horas, mas a criança não resistiu, sendo retirada sem vida.

O pai chegou a descrever a irmão Fernando que a filha era “perfeitamente desenvolvida, com uma grande quantidade de cabelos louros e cacheados, extraordinariamente compridos e densos”. O corpo foi embalsamado e recebeu uma tumba com a estátua de um anjo segurando uma criança, instalada até hoje no mausoléu do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.


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