Sua instabilidade emocional aflorou após a morte de seu companheiro, quando ela protagonizou um episódio bizarro
Nicoli Raveli Publicado em 03/05/2020, às 09h00
A jovem Joana de Castela, conhecida como Joana, a louca, era filha de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, monarcas católicos. Naquela época, era comum que o matrimônio fosse apenas um ato para criar uma aliança política com a família real de Habsburgo. Assim, a garota teve um casamento arranjado e casou-se aos 16 anos com Filipe I, o duque de Flandes, Brabante e Boronha.
Nos primeiros anos, o casal teve seis filhos. Entre eles, Carlos, que viria a ser um imperador romano. Todavia, a mulher presenciou várias mortes familiares, incluindo a de sua mãe. Isso fez com que a princesa ascendesse ao trono em 1504, tornando-se rainha de Aragão.
A instabilidade mental
No mesmo ano da morte de sua mãe, Joana passou a apresentar sinais de fragilidade. A mudança foi percebida por seus familiares e pelo marido, uma vez que a mulher não dormia e nem comia após o óbito de Isabel. Dessa maneira, seu posto de rainha foi impedido de ser exercido e o companheiro assumiu seu lugar no trono espanhol.
Em 1506, sua fama como louca ganhou força. Isso porque a morte de Filipe I tomava conta dos pensamentos da monarca que estava grávida de seu sexto filho. Já abalada com a morte da mãe e mesmo que o relacionamento tenha sido conturbado e marcado por muitas infidelidades por parte do rei, a rainha recusava a se separar dos restos mortais do marido.
Joana fez questão de viajar até Granada, na Espanha, ao lado do falecido. A caminho do destino – que ficava a 600 quilômetros de Burgos – acredita-se que a soberana abriu o caixão do rei consorte de Castela para abraçá-lo e beijá-lo, já que não conseguia imaginar a vida sem o companheiro. Além disso, devido ao seu ciúme doentio, ela impedia que qualquer mulher chegasse próximo ao cadáver.
Devido aos rumores sobre sua loucura - que foram espalhados por seus próprios familiares - Joana foi levada a um castelo em Tordesilhas, onde ficou confinada por grande parte de sua vida. La, sua condição mental foi ainda mais abalada. Para se ter ideia, a mulher acreditava fielmente que as ajudantes planejavam sua morte.
Em 1517, era esperado mais uma vez que ela assumisse o trono, mas foi novamente impedida de ascender ao trono. Como consequência, Carlos I, seu filho e imperador romano, assumiu o posto como regente e, depois, tornou-se rei.
A morte de Joana
Isolada e triste, a mulher recebia visitas esporádicas de seus filhos. Acredita-se que a rainha tenha perdido até mesmo a noção do tempo devido ao isolamento. Com a sua morte em 1555, o corpo foi levado até Granada, onde foi enterrada ao lado do marido e de seus pais.
Mais tarde, diversos historiadores supuseram que a soberana sofria de esquizofrenia e depressão, mas que seu estado mental fora prejudicado pela morte de entes queridos.
+ Saiba mais sobre o tema por meio das obras disponíveis na Amazon:
Joana a Louca, Vários Autores (2012) - https://amzn.to/3d0wa8v
Carlos V: orgulho, poder, paixão e arrependimento, Linda Carlino (2013) - https://amzn.to/2Yhrya1
A Maldição dos Habsburgos, Hans Holzer (1993) - https://amzn.to/2KRjdBG
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W
