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Matérias / Bizarro

Amor por interesse e um fim ingrato: a deprimente vida amorosa de Vitória da Prússia

A princesa pensava ter encontrado o amor verdadeiro quando trocou o palácio pelo subúrbio alemão — mas a verdade era muito mais amarga

Pamela Malva Publicado em 11/04/2020, às 13h00

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Frederica Amália Guilhermina Vitória, a princesa da Prússia - Wikimedia Commons
Frederica Amália Guilhermina Vitória, a princesa da Prússia - Wikimedia Commons

Um dos enredos mais comuns em contos de fadas diz respeito a príncipes e princesas que se apaixonam por camponeses. A ideia de um amor impossível é uma das narrativas que mais vende em romances e faz sucesso há décadas.

Ainda que o casamento entre nobres e civis não seja algo tão comum assim na vida real, existem aqueles que, por amor, decidem abandonar suas coroas e viver uma vida simples. É o caso de Frederica Amália Guilhermina Vitória, a princesa da Prússia.

Conhecida como Vitória da Prússia, a jovem sonhadora e tímida marcou a história quando escolheu deixar tudo para trás e se casar com um civil. Ela não esperava, no entanto, que o relacionamento saísse pela culatra.

A princesa Vitória, em 1885 / Crédito: Wikimedia Commons

Uma princesa única

Nascida em 12 de abril de 1866 em Potsdam, no Reino da Prússia, Vitória cresceu com outros três irmãos. Quieta e levemente teimosa, ela tinha um grande apreço pela mãe e, graças à avó, era acostumada com tradições britânicas.

Aos cinco anos, a princesa recebeu suas primeiras aulas de bons modos. Ela estudava em casa, ao lado dos irmãos, e tinha lições de etiqueta e sobre a aristocracia europeia. Em seu tempo livre, desenvolveu gosto por ginástica, dança e, especialmente, tênis.

Em 1881, quando a jovem tinha 15 anos, o palácio da sua família foi visitado por Alexandre de Battenberg, o príncipe da Bulgária. Convidado pela mãe de Vitória, ele ficou hospedado no suntuoso castelo por alguns dias.

Nesse meio tempo, como se fosse coisa do destino, Vitória se apaixonou por ele. Mais do que recomendado pela mãe e pela avó da jovem, ele era o candidato perfeito. O problema, entretanto, é que outros membros da corte não aprovaram o casamento.

Dessa forma, por mais que seus pais desejassem que Vitória assinasse o sagrado matrimônio com o príncipe búlgaro, o avô da jovem foi expressamente contrário à união. Com a forte oposição, portanto, o casamento nunca aconteceu.

Vitóia com cerca de 10 anos de idade / Crédito: Wikimedia Commons

Os casamentos verdadeiros

Aos 24 anos, Vitória se casou com o príncipe Adolf de Schaumburg-Lippe, filho mais novo do príncipe de Schaumburg-Lippe, em 1890. Em um relacionamento arranjado, visando alianças políticas — como sempre —, os dois nobres não foram muito felizes.

Logo nos primeiros meses dos 26 anos de casamento, Vitória engravidou, mas sofreu um aborto espontâneo. O casal nunca mais conseguiu gerar filhos e o príncipe morreu em 1916, deixando uma princesa viúva e frustrada para trás.

Foi apenas em novembro de 1927 que Vitória ouviu seu coração e assinou os papéis ao lado de Alexander Zoubkoff. Ao contrário do que sua família esperava, a princesa se casou com um refugiado russo 35 anos mais novo que ela.

A princesa Vitória com Alexander Zoubkoff, em 1927 / Crédito: Wikimedia Commons

Um amante traiçoeiro

Dizendo-se um dançarino, Alexander logo colocou as mãos nas contas de Vitória — que já não eram tão fartas como ele esperava. Rápido e sorrateiro, o homem desperdiçou grande parte do dinheiro com trivialidades e afogou a princesa em uma enorme dívida.

Eventualmente, graças ao gatuno que sequer voltava para casa à noite, Vitória se viu obrigada a vender todos os seus bens em um leilão. A venda, entretanto, não foi tão bem quanto era esperado e, no final, não pagou nem metade do déficit.

Vitória, então, saiu do Palácio de Schaumburg e mudou-se para um quarto mobiliado na parte suburbana de Bonn, uma cidade da Alemanha. À essa altura, o amor que sentia por Alexander já não era mais o suficiente e a princesa queria se divorciar — sem contar que, segundo ela, as “relações conjugais não existiam”.

O destino, todavia, decidiu o futuro de Vitória mais uma vez, sem que ela soubesse. Assim, poucos dias depois do anúncio público do divórcio, a princesa foi atingida por uma forte pneumonia e morreu, vítima da doença, em novembro de 1929.


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