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Matérias / Personagem

Antes da fama, Al Pacino trocou sexo por comida e abrigo: 'Acordei as manhãs sem realmente me amar'

Ator viveu um dos piores momentos de sua vida, aos 22 anos, após a morte de sua mãe de se seu avô

Fabio Previdelli Publicado em 25/07/2021, às 11h00 - Atualizado em 24/09/2022, às 13h00

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O ator Al Pacino - Getty Images
O ator Al Pacino - Getty Images

Em 1972, Al Pacino viveu um salto meteórico em sua carreira depois de dar vida a Michael Corleone no consagrado ‘O Poderoso Chefão’. Apesar de muitos atores de renome tentarem o papel, como Jack NicholsonRobert Redford e Warren Beatty — além do, até então, pouco conhecido Robert De Niro —, Francis Ford Coppola escolheu o americano de origem italiana.  

A decisão, segundo o talk show Inside the Actors Studio, contrariou os executivos do estúdio que queriam alguém com mais de renome. Entretanto, o papel rendeu a Pacino uma indicação ao Oscar como melhor ator coadjuvante — embora ele não tenha ganho a premiação.  

Posteriormente, o ator seguiu participando de grandes produções. Além da continuação da franquia de Coppola, ele também participou de ‘Um Dia de Cão’ (1975), ‘Perfume de Mulher’ (1992), ‘Advogado do Diabo’ (1997), ‘O Irlandês’ (2019) e, o principal deles, ‘Scarface’ (1983). 

Al Pacino em 'o Poderoso Chefão' (1972) / Crédito: Divulgação/Paramount Pictures

Apesar da longa lista e de hoje ser um dos grandes nomes de Hollywood, a vida de Al Pacino nem sempre foi papel simples de viver, já que o ator teve que superar diversas dificuldades antes de se tornar famoso.  

Roteiro de superação 

Nascido no leste do Harlem, Nova York, em 25 de abril de 1940, Alfredo James Pacino viu seus pais, que eram ítalo-americanos, se divorciarem logo quando ele tinha dois anos de idade, conta matéria do Life Time.  

Nessa época, acabou se mudando com sua mãe, Rose Gerardi, para o Bronx, onde viveu junto de seus avos, Kate e James, que eram imigrantes da Sicília. Já seu pai, que era da mesma região, acabou se mudando para a Califórnia, onde começou a trabalhar como vendedor de seguros.  

Como aponta o escritor Lawrence Grobel em ‘Al Pacino: A biografia autorizada’, o futuro ator começou a beber com nove anos de idade e usar maconha, casualmente, aos 13, mas nunca usou outras drogas mais pesadas, já que, mais tarde em sua vida, viu seus melhores amigos morrem por causa delas, quando eles tinham 19 e 30 anos. 

Quando frequentava a Herman Ridder Junior High School, Sonny, como era conhecido na adolescência, decidiu abandonar a maioria de suas aulas, exceto as de inglês. Pouco depois, acabou admitido na High School of Performing Arts após uma audição.  

Sua mãe discordou do rumo que o filho tomou e, após uma discussão, quando ele tinha 17 anos, Al Pacino decide sair de casa, explica Grobel. Para pagar seus estudos de atuação, passou a trabalhar em empregos que não tinham uma boa remuneração, como ajudante de garçom, zelador e balconista.  

De acordo com sua biografia, Alfredo sempre se envolveu em brigas ocasionais e era considerado um garoto problema na escola, mas isso não o impediu de atuar em peças teatrais de garagem de Nova York, embora tenha sido rejeitado pela Actors Studio — uma organização associativa de atores profissionais, diretores de teatro e dramaturgos do bairro Hell's Kitchen, em Manhattan. 

Pacino na peça 'The Basic Training of Pavlo Hummel' (1971)/ Crédito: Theater Company of Boston/Wikimedia Commons

Em 1962, quando tinha 22 anos, passou por um dos momentos mais difíceis de sua vida. Naquele ano, perdeu sua mãe, que tinha 43. No ano seguinte, teve que se despedir de seu avô. "Eu tinha 22 anos e as duas pessoas mais influentes em minha vida haviam partido", relata em entrevista ao The Guardian.  

Além disso tudo, como muitas vezes estava desempregado e sem-teto, teve que dormir na rua ou vender seu corpo por alguns trocados. Em matéria do NY Post, recordou que nessa fase era tão pobre que chegou a trocar sexo por comida e abrigo.  

“Aos 20 anos, eu acabei vendendo o único bem que tinha — meu corpo”, disse. “Uma mulher mais velha dava comida e moradia em troca de sexo. Acordei as manhãs sem realmente me amar”. 

Quatro anos depois, no entanto, o ator foi aprovado em teste do Actors Studio. Lá, estudou “método de atuação” com Lee Strasberg, que participou com ele, anos depois, de ‘O Poderoso Chefão II’ (1974) e em ‘Justiça Para Todos’ (1979). 

“O Actors Studio significou muito para mim na minha vida. Lee Strasberg não recebeu o crédito que merece ... Ao lado de Charlie [Laughton], ele meio que me lançou. Realmente foi uma virada notável na minha vida. [Ele] foi diretamente responsável por me fazer largar todos aqueles empregos e apenas focar em continuar atuando”, declarou para Lawrence Grobel

"Foi emocionante trabalhar para ele [Lee Strasberg] porque era muito interessante quando ele falava sobre uma cena ou falava sobre pessoas. Alguém só gostaria de ouvi-lo falar, porque as coisas que ele falava, digamos, você nunca tinha ouvido falar antes ... Ele tinha uma compreensão tão grande ... ele amava tanto os atores”, relatou a James Lipton no livro ‘Inside Inside’. 

Nos anos seguintes, Al Pacino atuou em algumas peças antes de estrar nas telonas em ‘Os Viciados’ (1971). Sua atuação no filme, inclusive, chamou a atenção de Coppola e foi de extrema importância para ele ser escolhido para o filme no ano seguinte. 


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