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Matérias / Personagem

Antes de Escobar: Os escândalos de Griselda Blanco, a madrinha do Cartel de Medellín

Conhecida também como Viúva Negra, a Rainha da Cocaína foi pioneira do narcotráfico colombiano e responsável por mais de 2 mil mortes

Isabela Barreiros Publicado em 27/03/2020, às 08h00

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Griselda Blanco, a rainha da cocaína - Divulgação
Griselda Blanco, a rainha da cocaína - Divulgação

Pablo Emilio Escobar Gaviria ou somente Pablo Escobar — como ficou popularmente conhecido. Esse é nome do homem que foi o mais bem-sucedido do narcotráfico colombiano. Sua especialidade era a cocaína, mas seu império foi além. Era o líder do Cartel de Medellín — rede de traficantes colombiana que operava também no Peru, Honduras, Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e em alguns países da Europa. No entanto, não foi o primeiro.

Antes dele, uma mulher havia criado os caminhos para que tudo pudesse seguir seu curso. Griselda Blanco, que também ficou conhecida como Viúva Negra, Madrinha da Cocaína ou ainda Rainha do Narcotráfico, foi pioneira no tráfico de drogas da Colômbia para os Estados Unidos, antes do famoso Pablo Escobar sequer existir no mundo do tráfico.

Desde cedo, a colombiana nascida na cidade de Cartagena em 1943, já tinha jeito para o mundo do crime. Já na infância, quando se mudou para Medellín, roubava carteiras. Aos 11 anos, foi responsável pelo sequestro de um garoto, sendo acusada de tê-lo matado quando não recebeu o dinheiro solicitado pelo resgate. Quando completou 14, a garota fugiu da casa onde morava com sua família e começou a se prostituir.

Ainda naquela época, conheceu quem viria a ser seu primeiro marido — dos três homens com quem se casou na vida. Ele era um criminoso que falsificava passaportes. Além disso, carregava tráfico de pessoas em seu currículo do crime. No entanto, não viveria muito tempo ao lado de Blanco, especialmente devido aos perigos diários de suas tarefas, mas ainda assim, colocou-a em contato com pessoas do mundo da delinquência de Nova York, nos Estados Unidos.

Crédito: Divulgação

Foi assim que a mulher tornou-se uma das mais importantes narcotraficantes da Colômbia — e do mundo. Pioneira, a Viúva Negra pensou e desenvolveu a maioria das rotas da cocaína de seu país natal até os Estados Unidos. Esses caminhos de tráfico viriam a ser utilizados, posteriormente, por Pablo Escobar.

Entre as décadas de 1970 e 80, ela criou trajetos que iam da Colômbia até Miami, uma rota que ficaria conhecida por todo o mundo. Além de Escobar, muitos outros carteis de droga colombianos também passaram a utilizar suas estratégias quando Blanco abandonou o mundo das drogas.

Casada com seu segundo marido, Alberto Bravo, a Madrinha da Cocaína imigrou ilegalmente para Nova York, estabelecendo-se no Queens. Lá, com seu grande negócio de cocaína, passou a receber acusações federais por seu protagonismo na venda da droga. Fugiu para seu país natal mas ainda voltou para os Estados Unidos, dessa vez em Miami.

A cidade vivia com o caos causado pela Guerra às Drogas de Miami ou Guerra das Caças ao Cocaína. Entre os anos 70 e 80, a cocaína era mais traficada do que a maconha, e isso fez com que as autoridades estadunidenses ficassem incomodadas tanto pelo lucro feito pelos traficantes sul-americanos quanto pela violência gerada pelo conflito.

As operações da Madrinha da Cocaína contribuíram fortemente para esse cenário. Assim, com gângsteres sendo chamados até mesmo de Cowboys da Cocaína e Blanco faturando US $ 80.000.000 por mês, o governo dos Estados Unids decidiu agir e criar polícias especializadas na apreensão de drogas e investigação de narcotraficantes. Estima-se que o cartel da Viúva Negra enviasse ao menos uma tonelada de cocaína para os Estados Unidos, por mar e por terra.

Crédito: Wikimedia Commons

Ela é suspeita de estar envolvida no assassinato de mais de 2 mil pessoas. Tanto por suas próprias mãos quanto por de seus capachos, Blanco ficou conhecida como uma mulher implacável, que não receava em ordenar mortes e a fazer tudo por seus negócios.

O contrabando, extorsão, suborno, terrorismo, assassinatos, lavagem de dinheiro e até corrupção política faziam parte dos outros serviços realizados. A maneira violenta de fazer negócios chamava a atenção da polícia e fez com que muitos fossem atrás especificamente da famosa narcotraficante.

A perseguição fez com que suas operações chegassem praticamente ao fim. Em 1985, a colombiana foi presa na Califórnia, condenada a mais de 50 anos de prisão no país, acusada de envolvimento com narcotráfico e três assassinatos. No entanto, permaneceu presa por 20 anos, foi deportada para seu país natal em 2004 e tentava viver uma vida normal.

Ainda assim, não foi possível apagar o passado de violência e inimigos. Griselda Blanco foi morta em 2012, aos 69 anos, ao sair de um açougue na cidade de Medellín. Ela foi baleada logo após deixar o estabelecimento.


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