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Matérias / Brasil

Arrependimento e críticas: a saga de Dom Pedro I após a trágica morte de Leopoldina

Após manchar sua imagem com inúmeras traições, o imperador ficou emocionalmente abalado e teve recaídas com a Marquesa de Santos

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 18/07/2020, às 08h00

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D. Pedro I e Imperatriz Leopoldina reunidos em retrato oficial - Wikimedia Commons
D. Pedro I e Imperatriz Leopoldina reunidos em retrato oficial - Wikimedia Commons

Em um relacionamento marcado por traições e humilhações, Pedro I e a Imperatriz Leopoldina tiveram um conturbado casamento, conhecido publicamente pelo descaso do marido com a fiel companheira. O imperador chegou a ostentar cinco amantes simultâneas enquanto a esposa sofria com as dores de uma complicada gestação.

Pedro não apenas agia com infidelidade, mas diminuiu Maria Leopoldina em seus anos finais, chegando a nomear amante Domitila de Castro como Marquesa de Santos. Ele ainda forçou a companheira a aturar a amante em eventos da realeza, sempre acompanhando o líder como dama de companhia.

“Na correspondência dela (Leopoldina) com sua irmã, ela escreve o tempo todo dizendo sua total decepção com o marido [...] Leopoldina foi uma figura absolutamente solitária, que apesar de todo esse sofrimento, vai acompanhar Dom Pedro I, ela não o desampara em momento nenhum”, afirmou a grande historiadora Mary del Priore em entrevista exclusiva à AH.

Em dezembro de 1826, no entanto, o casamento foi interrompido de forma trágica após uma hemorragia causada por um aborto espontâneo, resultando em sua morte com apenas 29 anos.

A comoção popular resultou em uma péssima imagem para o imperador, visto que suas relações extraconjugais não eram nada ocultas. Brigas, agressões e até mesmo o abalo psicológico foram listados como os problemas causados por Pedro I que vitimaram a austríaca.

Maria Leopoldina em retrato / Crédito: Wikimedia Commons

A angústia do fim

O falecimento precoce da esposa fez o viúvo mudar sua postura, principalmente no que se referia a gratidão pelos serviços e companheirismo de Maria. O imperador se mostrava arrependido de não ter retribuído um amor incondicional e fidelidade marital. De acordo com o pesquisador e autor Paulo Rezutti, em uma carta enviada para a Marquesa de Santos, Pedro afirmou ter sonhado com a ex-esposa na noite em que ela morreu. 

A figura menos favorecida com a situação foi Domitila, que por um lado, passou a ser odiada por uma grande parcela da população com apreço pela falecida, e por outro, uma das suspeitas de sabotagem em sua morte. Pedro preferiu se afastar gradativamente.

Decidido a jamais cometer os mesmos erros em uma relação futura, Pedro ainda tentou pedir perdão ao sogro Francisco I, sem sucesso; o homem, assim como muitas princesas, não se convenceu de que ele havia mudado, somando em sua má reputação. Rejeitado pelas mulheres da alta sociedade, o imperador chegou a ter recaídas.

Uma nova chance

A nova oportunidade para Pedro honrar sua promessa surgiu em 1829, em uma ocasião arranjada diplomaticamente. Apesar de nunca ter visto Amélia de Leuchtenberg, o homem aceitou o noivado arranjado, desprendendo-se de quaisquer vaidade ou orgulho ao agendar uma cerimônia com alguém que não conhecia. Para sorte do imperador, a futura esposa — que conheceu em agosto — era uma linda moça. 

Casamento de Amélia e Pedro, com os filhos do imperador acompanhando / Crédito: Wikimedia Commons

Filha de Eugênio de Beauharnais, Duque de Leuchtenberg, e da princesa Augusta da Baviera, a garota aceitou conhecer um imperador de uma potência, esbanjando educação. Em 17 de outubro do mesmo ano,ratificaram os votos realizados por procuração em uma missa nupcial, oficializando o segundo casamento do imperador.

Historicamente, não houve novos registros de traições por parte do imperador, mostrando o que a promessa feita ao pai da esposa era sincera. Amélia, por outro lado, foi bem recebida pela nova família. A relação durou oito anos e só foi interrompida pelo falecimento de Dom Pedro, em 1834.


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