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Matérias / Egito Antigo

Os enigmas de Meritaton, a irmã esquecida de Tutancâmon

Muitas vezes sendo mais importante que o famoso faraó na corte do pai, Akhenaton, a princesa teve um papel relevante na história do Egito

André Nogueira Publicado em 04/07/2020, às 08h00

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Meritaten, Princesa da Amarna - Wikimedia Commons
Meritaten, Princesa da Amarna - Wikimedia Commons

Filha de Nefetiti com Akhenaton, a princesa do Nilo, Meritaton, foi uma figura relevante da família real da Oitava Dinastia, mas pouco lembrada, à luz de seu famoso irmão, Tutancâmon.

Sendo a primogênita do casal de balançou o Egito com suas teses político-religiosas heterodoxas, ela foi a Grande Esposa Real de Smenkhkare, um corregente (o grau de parentesco com o faraó Akhenaton é debatido) que assumiu o trono antes do Rei Tut.

Nascida provavelmente em Tebas, ela foi criada inicialmente no Templo de Karnak, onde existem representações dela ao lado da mãe adornada com símbolos ligados às autoridades religiosas. Nefertiti era alta sacerdotisa de Aton, e o uso do instrumento percussivo sechechet por Meritaton leva a crer que ela tinha relação com essa posição.

Fragmento de parede com Meritaton acompanhando o pai e a mãe / Crédito: Wikimedia Commons

Sua aparição frequente nos textos e monumentos do pai leva a crer que a primogênita era a mais importante, politicamente, das filhas do faraó. Isso é evidente com a mudança da capital egípcia para Akhetaton, a moderna Amarna.

Como suas aparições não se restringiam às descrições da Família Real, mas existiam em retratos de cerimônias reais em templos, capelas e túmulos, a irmã do Faraó menino provavelmente tinha um papel de relevância na corte do pai.

Outra aparição documental relevante da Princesa de Amarna se deu nas cartas diplomáticas escritas em acadiano na nova capital, que revelam o momento de maior influência da mulher na política faraônica.

Chegando a substituir o nome de uma esposa de Akhenaton, Kiya (provavelmente banida da corte em algum momento), em estruturas monumentais como o palácio de Maru-Aton, ela claramente tinha relevância maior do que a memória atual.

A princesa e Smenkhare homenageam Maryre II em seu túmulo / Crédito: Wikimedia Commons

Após o auge de sua participação governamental, no final do reinado do pai, ela teria se casado com o tio ou irmão Smenkhare, aparecendo no túmulo do superintentendente de Nefetiti, Maryre II, como Grande Esposa Real. As datas confusas desse processo final do governo Akhenaton levam a crer que o casal foi corregente do Egito no século 14 a.C.

A vida na corte de Smenkhkare, e a própria origem desse faraó temporário são alvos de grandes discussões entre historiadores e arqueólogos, que debatem se ele era parente de Akhenaton, algum tipo de alto funcionário ou até mesmo um disfarce de Nefertiti para governar. Independente disso, leva a crer que Meritaton passou a ter um papel simbólico depois da morte do pai, mas com possíveis responsabilidades incríveis.

Pesquisadores acreditam que ela teve um papel de decisão no governo do marido, por sua experiência, além de ter se tornado mãe adotiva do jovem Tutancâmon, seu irmão, como forma de preparar o herdeiro que tentaria retomar a ordem governamental.

Assim, ela se tornou tutora de Tut, com a identidade de Maïa. Isso é verificável em representações desse personagem, que, na verdade, são da própria irmã do príncipe.

Após sua morte, acredita-se que Meritaton fora enterrada com grande celebração em Amarna, assim como o pai. Todavia, sua tumba não foi revelada. Isso porque não integrava o complexo funerário de Akhenaton, fechado definitivamente após seu falecimento.


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