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Matérias / Bizarro

Falso ataque inimigo, apagão, rumores de OVNIS e mortes: a inacreditável Batalha de Los Angeles

O caso insano aconteceu em 1942, quando os Estados Unidos tinham recém-entrado na guerra; um sentimento de paranoia assolava a população

Caio Tortamano Publicado em 20/09/2020, às 08h00

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Prática de proteção anti-aérea, em Gibraltar, no ano de 1942 — o mesmo aconteceu em Los Angeles, no mesmo ano - Wikimedia Commons
Prática de proteção anti-aérea, em Gibraltar, no ano de 1942 — o mesmo aconteceu em Los Angeles, no mesmo ano - Wikimedia Commons

O ataque japonês ao posto militar de Pearl Harbor, no Havaí, marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, decisiva para que o conflito chegasse a um final com a adição de um forte aliado ao lado que combatia o Império Japonês e o nazismo.

Além disso, boa parte da população tinha medo de sofrer um segundo ataque por parte do lado inimigo mais uma vez, criando um alarde no país. Cidades como Seattle e Oakland impuseram um verdadeiro apagão em determinadas noites por conta de rumores de movimentações inimigas nos arredores.

Como forma de combater qualquer investida que pudesse receber de inimigos do Eixo, os Estados Unidos instalaram armas antiaéreas. Além disso, bunkers foram construídos. Tudo foi feito para proteger a população de um possível ataque aéreo.

Medo constante

Um dos pontos de maior interesse em toda a costa oeste americana — vulnerável a ataques — era a cidade de Los Angeles. Em 24 de fevereiro de 1942, a Inteligência da Marinha Americana emitiu um alerta que previa um ataque nas próximas 10 horas, especificamente na Califórnia.

Horas depois, uma sirene disparou depois que diversas testemunhas relataram ter visto sinalizadores e luzes piscantes misteriosas. Para piorar, essas luzes teriam sido ligadas quando próximas a centros de defesa, armados com auxílio antiaéreo.

Na madrugada do dia 25, novas luzes foram observadas. Uma sirene disparou por toda Los Angeles às duas da manhã, seguida por um blecaute estratégico da cidade. Ao mesmo tempo, guardas de ataque aéreo foram acionados.

O jornal Los Angeles Times, no dia seguinte ao ataque / Crédito: Wikimedia Commons

Não muito tempo depois, às três da manhã, a Brigtada Costeira começou a disparar artilharia contra aviões e naves, além de metralhadoras de alto calibre. Pilotos de caça foram avisados sobre uma possível ação, mas permaneceram em solo para não expor os militares antes do necessário. Toda movimentação foi realizada sem confirmação de um avião inimigo.

Resultado

Sem rastro dos japoneses, o apagão teve fim, trazendo um prejuízo grave para a cidade de Los Angeles. Diversos prédios foram danificados. Além disso, cinco cidadãos morreram indiretamente como consequência dos tiros aleatórios. Acumulando tragédias, três pessoas morreram em acidentes de carro, dado o caos instalado na cidade. Duas pessoas com problemas no coração tiveram um ataque com medo do que estava acontecendo.

O Secretário da Marinha, Frank Knox, teve que vir à público esclarecer a vergonhosa situação, afirmando que o incidente todo se tratava de um alarme falso dado, nas palavras dele, “pelos nervos da Guerra”.

Ao final do conflito, em 1945, o governo japonês declarou que nunca sobrevoou as proximidades de Los Angeles com aviões durante todo o percurso da Segunda Guerra. Uma resposta oficial e definitiva veio somente em 1983, quando o Escritório de História da Força Aérea dos Estados Unidos constatou que, a partir de análises de imagem, se tratavam de balões meteorológicos como a causa do alarde.

Eles estão entre nós?

No dia seguinte, o Los Angeles Times apresentou teorias conspiratória envolvendo OVNIs entre as possíveis causas da ação do país. Afinal, possíveis objetos não identificados em meio a um cenário de pânico, poderiam significar um verdadeiro enredo da obra Guerra dos Mundos. 

Buscando um cenário para justificar as teorias, o veículo afirmou que uma imagem focava numa espaçonave. Todavia, foi constatado que a imagem havia sido modificada antes da publicação, algo feito na época para melhorar o contraste das fotos preto e branco — causando a impressão da visita alienígena.


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