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Matérias / Brasil

Atingiu três gerações: A triste saga do suicídio na família de Getúlio Vargas

Iniciando com o ex-presidente Getúlio Vargas, as duas gerações seguintes tiveram causas de morte idênticas

Wallacy Ferrari Publicado em 10/02/2021, às 15h29

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Cortejo leva caixão de Getúlio coberto com bandeira do Brasil / Crédito: Alesp - Divulgação
Cortejo leva caixão de Getúlio coberto com bandeira do Brasil / Crédito: Alesp - Divulgação

Um triste cenário atravessou três gerações de uma das famílias mais importantes da história da política nacional; poderia ser os Kennedy, nos EUA, mas trata-se da família Vargas.

No caso dos brasileiros, os acidentes e ataques não foram à causa principal das tragédias, mas sim o suicídio, iniciando no mais alto cargo da nação e perdurando ao longo dos herdeiros.

O primeiro caso conhecido é o Getúlio Vargas, enquanto tentava perpetuar seu segundo mandato presidencial. A crise teve seu estopim em uma tentativa de assassinato do jornalista Carlos Lacerda, principal crítico do chefe de estado, que resultou na morte de seu guarda-costas, o major Rubens Vazconfessada pelo segurança do presidente, Gregório Fortunato.

Somado a isso, a descoberta de transferências de terrenos irregulares gerou uma revolta que foi respondida de maneira incisiva pelo líder: “Só saio daqui morto”. Getúlio seguiu as palavras e, em 24 de agosto de 1954, disparou contra o próprio coração, dentro o Palácio do Catete, então residência presidencial.

Cortejo leva caixão de Getúlio coberto com bandeira do Brasil / Crédito: Alesp

Destino seguinte

Na década anterior, Getúlio já havia sofrido com a perda de um filho; Getúlio Vargas Filho, ou Getulinho, era presidente da Federação Paulista de Futebol e faleceu com apenas 23 anos de idade em 1943, devido a problemas decorrentes da paralisia infantil. Com a perda, Manuel Sarmanho Vargas, conhecido como Maneco, passou a ser o filho mais inserido nos projetos políticos do presidente.

Contudo, um inquérito militar responsável por apurar a corrupção no governo Vargas apontou que Maneco havia vendido dois terrenos para Fortunato para saldar dívidas, magoando profundamente o pai e contribuindo para sua partida forçada. Mesmo assim, prosseguiu a carreira política, chegando a ser secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul.

Em 1955, foi eleito prefeito de Porto Alegre, cargo que comandou até outubro do mesmo ano, quando preferiu deixar a vida política para comandar a estância da família em Itaqui.

De acordo com a Istoé, a compulsão em jogos e os problemas com a administração dos próprios bens resultaram em um caminho final idêntico ao do pai; em 15 de janeiro de 1997, Maneco disparou contra o próprio peito.

Mais recente

Diferente do pai e do avô, que atiraram contra o peito, o filho de Maneco, Getúlio Vargas Neto, teve uma trajetória e fim distintos da atuação política.

Formou-se em Administração e Pecuária, cuidando da estância de Itaqui e outros bens restante herdados do avô. Tentou integrar cargos públicos em duas ocasiões, sem sucesso.

A primeira, em 1980, foi para uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul como deputado estadual.

A segunda foi especulada em 2011, como contou em entrevista ao jornal O Globo, afirmando que tinha interesse de se candidatar à Prefeitura do Rio de Janeiro, desistindo antes das prévias.

Na manhã de 17 de julho de 2017, Neto foi encontrado morto em seu apartamento em Porto Alegre por uma funcionária da família, com uma perfuração de bala de revólver na lateral da cabeça, além de deixar uma carta próxima ao corpo. Aos 61 anos, foi o mais novo a cometer suicídio, com Getúlio morrendo aos 72 e Manuel aos 79.


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