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Matérias / Arqueologia

Beijo eterno: a intrigante história dos Amantes de Hasanlu

Descobertos em 1970, os misteriosos esqueletos de 2.800 anos ficaram eternizados em uma demonstração de amor e carinho

Pamela Malva Publicado em 18/02/2020, às 08h00

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Os Amantes de Hasanlu em um beijo eterno - Wikimedia Commons
Os Amantes de Hasanlu em um beijo eterno - Wikimedia Commons

Muitas sociedades antigas continuam sendo um mistério para cientistas modernos. Ainda que tenhamos diversas informações sobre Gregos, Incas, Romanos e Astecas, pouco se sabe, por exemplo, sobre a vida na cidade de Teppe Hasanlu, no Irã.

Entretanto, uma descoberta de 1970 iluminou um período da história dessa cidade, ainda que obscuro. No local, a Universidade da Pensilvânia encontrou centenas de esqueletos de homens, mulheres e crianças.

Entre eles, estavam os Amantes de Hasanlu, dois esqueletos descobertos juntos, em uma vala de tijolos de barro. Sua posição dentro da caixa — projetada para armazenar grãos — sugeria que os dois estavam se abraçando, o no que parecia um beijo.

Alguns dos esqueletos encontrados em Teppe Hasanlu / Crédito: Universidade da Pensilvânia

Tanto os amantes, quando as outras pessoas foram mortos por volta de 800 a.C., quando um exército invasor ateou fogo em toda Teppe Hasanlu. A hipótese mais aceita é que o ataque tenha sido orquestrado pelo Reino Urartu, das terras altas da Armênia.

Segundo historiadores da Universidade da Pensilvânia, os Amantes de Hasanlu provavelmente morreram enquanto se escondiam dos invasores. Naquele momento, os dois teriam morrido de asfixia, graças à fumaça criada pelos incêndios.

Os Amantes de Hasanlu / Crédito: Universidade da Pensilvânia 

Ainda que muito intrigantes, a identidade, o gênero e a idade exatos dos dois esqueletos permanecem um mistério. Devido à estrutura dentária e à forma pélvica de um dos restos, os cientistas conseguiram identificar que o corpo deitado de costas pertencia à um homem jovem, com entre 18 e 22 anos.

O gênero do segundo amante segue um mistério, já que o esqueleto apresenta características tanto masculinas, quanto femininas. O que se sabe é que essa pessoa morreu com cerca de 30 a 35 anos. Todavia, de acordo com evidências forenses, os arqueólogos acreditam que esse corpo também pertence à um homem.

O tipo de relação entre as duas pessoas, no entanto, é a maior das questões. Devido à idade, caso fossem dois homens, o mais velho poderia ser o pai do mais novo, enquanto, se o esqueleto fosse feminino, a mulher poderia ser a mãe do jovem.

Ainda assim, a possibilidade de que os dois fossem namorados hétero ou homossexuais nunca foi descartada. Isso porque, ainda hoje, historiadores não têm muitas informações sobre as relações interpessoais do povo em questão.


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