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Matérias / Personagem

Boatos e morte em Hollywood: o destrutivo relacionamento de Paul Bern e Jean Harlow

Casado com uma musa do cinema, a fama de que o alemão não correspondia na cama circulou nos bastidores da MGM

Wallacy Ferrari Publicado em 08/04/2020, às 10h53

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Retrato fotográfico de Paul Bern - Wikimedia Commons
Retrato fotográfico de Paul Bern - Wikimedia Commons

No início dos anos 1930, Jean Harlow emergia em Hollywood com o apelido de “Loira Bombástica”. Seus cabelos platinados com lindas ondas garantiram alguns privilégios que só a indústria cinematográfica poderia proporcionar para uma jovem. Apesar de conseguir fama internacional com “Hell’s Angels”, a loira era bastante criticada como atriz pela mídia especializada e por alguns diretores, porém, um executivo decidiu acreditar em seu potencial.

Paul Bern era um dos executivos da MGM, a produtora e distribuidora de maior ascensão na mesma época, e braço direito de Irving Thalberg, produtor responsável pelas primeiras produções de sucesso da Universal Studios. Com Bern acreditando em Jean como atriz, a dupla fez uma proveitosa amizade nos bastidores de gravações, sendo uma escada para o sucesso de ambos. Tempos depois, os amigos se tornaram bons amantes.

A loira havia se separado em 1929 de um rico jovem chamado Charles McGrew, que, apesar de alcoólatra e tentar afastar a sogra a todo custo de sua companheira, a ensinou a se comportar como uma rica socialite, preparando Jean para a vida na alta sociedade. Já Paul havia encerrado amigavelmente uma união estável com Dorothy Millette, que sofria de problemas mentais e emocionais, além de ter se mudado para o Sanatório de Connecticut.

Retrato fotográfico de Jean Harlow, a "Loira Bombástica" / Créditos: Wikimedia Commons

Como casal, a união de Bern e Harlow parecia ser perfeita para ambos, no âmbito social, profissional e pessoal. Antes de firmarem uma união, o executivo alemão fez questão de demonstrar seu poder em alavancar o potencial de sua futura companheira, convencendo a MGM a assinar um contrato fixo com bons ganhos e papeis sérios com a jovem. Depois de dois anos de amizade, o casal anunciou o noivado em junho de 1932.

O casamento dos sonhos aconteceu de maneira tímida em uma cerimônia privada realizada na Califórnia, porém, não acabou prosseguindo da maneira que era esperado pelos diretores da produtora e até mesma a mãe de Jean, que apoiava o casamento e estimulava a filha a não desistir da indústria. De acordo com agentes da MGM, Bern era “biologicamente inadequado para o casamento”.

A frustração

Com uma “loira bombástica” ao seu lado, o maior problema de Bern foi, justamente, a ideia de que a jovem era “areia demais para o caminhão” do executivo que, além de não ser muito rico, não tinha poder absoluto na distribuidora. Além disso, sua carência o fazia trocar cartas com frequência com a antiga companheira, além de auxiliar a mesma financeiramente e pagar os custos de sua estadia no sanatório.

A gota d’água foi a descoberta da loira, que fez questão de contar para pessoas próximas, pedindo que não fosse passado a diante. O fato não só foi compartilhado, como chegou aos bastidores da MGM: Paul Bern, o marido da estrela, sofria de impotência sexual devido a disfunção erétil. Espalhado rapidamente, o homem logo foi satirizado internamente, resultando em uma fúria terrível do executivo.

Além de passar a agredir Jean fisicamente, o relacionamento rapidamente se tornou insuportável pelas frustrações externadas pelo alemão por não conseguir compensar a companheira na cama. Apesar da tentativa de ajudar o marido, como o mesmo fez em seu período de papeis secundários, o mesmo se sentiu ainda mais para baixo pela situação.

Vivendo de aparências, o casal circulava nos estúdios de maneira calma para estabilizar a imagem de ambos em relação ao comentado casamento e Jean seguiu a rotina de gravações normalmente, até setembro do 1932. Dois meses após se casar, o companheiro voltou a residência onde moravam, após a deixar nos estúdios, se dirigiu ao banheiro e se matou com um disparo de pistola calibre 38 na cabeça.

Com o corpo inteiro coberto do perfume Mitsouko, o preferido da esposa, o executivo deixou uma carta curta direcionada unicamente a esposa, referindo a noite passada como “apenas uma comédia”, onde o casal brigou por motivos irrelevantes: “Esta é a única maneira de reparar o mal terrível que eu fiz a você e para acabar com a minha humilhação”. Jean nunca comentou o caso publicamente até sua morte, cinco anos depois.


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