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Matérias / Cinema

Briga entre dróides: Atores que deram vida a R2-D2 e C-3PO se detestavam na vida real

“Vá embora, seu homenzinho”, teria dito Anthony Daniels (C-3PO) para Kenny Baker (R2-D2) certa vez

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 06/05/2021, às 16h00

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C-3PO e R2-D2 em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015) - Divulgação/ LucasFilms/ Disney +
C-3PO e R2-D2 em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015) - Divulgação/ LucasFilms/ Disney +

“Como nos metemos nesta enroscada? Sinceramente, eu não sei. Parece que fomos construídos para sofrer. É o nosso destino”. A frase acima é somente um dos icônicos diálogos entre os droídes R2-D2 e C-3PO durante a saga Star Wars.  

Na cena em questão, que faz parte do Episódio 4: 'Uma Nova Esperança' (1977), os dois estão perdidos no planeta Tatooine, terra natal de Anakin e Luke Skywalker, que é coberto de areia e orbita dois sóis. 

Apesar da união dos dois personagens nos filmes e deles serem sempre um ponto de alívio cômico na trama, o que os tornam queridinhos por muitos, há um fato que poucos sabem sobre os atores que deram vida a eles: Anthony Daniels (C-3PO) e Kenny Baker (R2-D2) se odeiam. 

Desafio para Lucas 

O primeiro filme da trilogia original, que foi citado logo acima, estreou nas telonas em 1977, fazendo um estrondoso sucesso. Dois anos antes, porém, o diretor George Lucas sofria para encontrar e convencer dois atores para participarem da trama, como relata matéria do Exame.  

Acontece que, os atores, além de tudo, teriam que se encaixar perfeitamente nos padrões estéticos dos dois personagens: no caso os droídes R2-D2 e C-3PO. Quando Lucas encontrou Daniels e Baker, porém, parte disso foi resolvido, embora outros problemas surgiram. 

Em relação a Anthony, por exemplo, ele era um ator inexperiente, adorador das peças de Shakespeare e do teatro vitoriano e que, principalmente, dizia odiar ficção-científica, como explica o Exame.  

Anthony Daniels com sua roupa de C3-PO / Crédito: IMDb / Wikimedia Commons

Mesmo assim, George Lucas acabou o convencendo a participar de uma audição para o papel. Curiosamente, o ator se encantou pela aparência de seu personagem e, depois de ler o roteiro, havia sacramentado: teria que representar C-3PO

Um outro ponto que mudou na visão de Lucas, é que a voz do andróide teria que ser meio robotizada, como se fosse um vendedor de carros americano. Mas quando ouviu o sotaque britânico de Anthony, percebeu que ele seria perfeito para o papel.  

Já com Kenny Baker a situação era um pouco diferente, muito mais fácil de se tratar. Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, o artista estrelava uma peça teatral cômica quando ficou sabendo das audições de um filme de ficção científica precisando de uma pessoa extremamente baixa para o papel.

Para se ter uma ideia, para operar R2-D2, a pessoa teria que ter no máximo 1.30m de altura e ser forte o suficiente para operar o mecanismo que o controlava. Segundo a Exame, ele tinha 1,12m.  

Kenny ao lado de sua fantasia em 1979 e em 2005 / Crédito: Divulgação / Wikimedia Commons

Superado essa barreira, Kenny, a princípio, recusou a vaga com receio de quebrar a parceria que tinha com o ator Jack Purvis — co-protagonista na peça teatral cômica—, especialmente depois de terem chegado à final de um show de talentos televisionado no Reino Unido. 

Foi então que George Lucas disse que pagaria o mesmo que ele receberia pelos shows. Assim, fecharam um acordo para Baker ganhar 800 libras por semana. Algo que ele se lamenta por não ter pedido mais. 

Entre farpas e fusíveis 

Convencendo os dois a se juntarem ao elenco, Lucas passou a ter outro problema: ambos jamais foram capazes de manter uma relação saudável, algo bem contrastante com a saga vivida por seus personagens — que apesar de uma troca de farpas vez ou outra, eram inseparáveis.  

Segundo relembra matéria da Monet, o ator que deu vida a R2-D2 comentou sobre um desses episódios pouco amigáveis com Anthony. “Uma vez eu disse ‘olá’ para ele e ele simplesmente virou as suas costas para mim e disse: ‘você não está vendo que eu estou tendo uma conversa?’”, diz. “Essa foi a coisa mais rude que alguém já fez comigo. Eu fiquei furioso, foi inacreditável”. 

Em outra ocasião, como relata a Exame, Baker tentou puxar assunto sobre eles viajarem o mundo como os personagens para ganhar algum dinheiro com as apresentações, mas o que ouviu foi algo que o chateou muito. "Ele olhou para mim e disse 'Eu não faço muitas dessas convenções — vá embora, seu homenzinho'". 

Uma das polêmicas mais recentes envolvendo os dois aconteceu em 2015, pouco antes do “O Despertar da Força” ser lançado nos cinemas. Ao The Mirror, Daniel revelou que os dois não só não se falavam a muito tempo como disse que Baker não havia operado o droíde no filme que estava por vir.  

“Ele não esteve no set de verdade. O nome dele está nos créditos como uma forma de… Sei lá, de amuleto da sorte, uma cortesia. Ele é um talismã”, declarou. Na mesma ocasião, ele aproveitou para elogiar o ator Harrison Ford, que deu vida a Han Solo. “Ele tem 72 anos [na época] e ainda tem o charme e o carisma”. 

As palavras não foram iguais para outros de seus colegas de cena. “O que é engraçado é que o C-3PO ainda tem a mesma aparência. Já Harrison, Carrie (a Princesa Leia) e Mark [Hammil, o Luke Skywalker]... Nem tanto. Coitado do Mark. Ele era um jovem muito bonito no primeiro filme, e agora… Bem…”. 

Atualmente, Anthony Daniels está com 75 anos. Já Kenny Baker faleceu em 2016, aos 81 anos, a tempo de participar presencialmente da estreia de ‘Star Wars: O Despertar da Força’, em 17 de dezembro de 2015. Segundo sua sobrinha, Abigail Shield, relatou à CNN, Baker esteve doente durante anos com problemas pulmonares.


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