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Matérias / Idade Média

Há 712 anos, o Papa Clemente V ordenava uma brutal caça aos Cavaleiros Templários

Com a ordem Pastoralis Praeeminentiae, o papa ordenou que monarcas prendessem todos os Cavaleiros Templários. A determinação foi seguida de um truculento período de julgamentos e torturas

Isabela Barreiros Publicado em 22/11/2019, às 08h00

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Ilustração de Jacques de Molay, último Mestre dos Cavaleiros Templários, queimado na fogueira pelo rei Filipe IV da França - Getty Images
Ilustração de Jacques de Molay, último Mestre dos Cavaleiros Templários, queimado na fogueira pelo rei Filipe IV da França - Getty Images

Houve um tempo em que os Cavaleiros Templários eram reverenciados por toda a Europa por sua ferocidade, riqueza e poder como ordem militar. Entretanto, a trajetória dos templários foi rapidamente destruída e a ordem, devastada. Foi um movimento histórico marcado pela espionagem, conspiração e tortura.

Em 22 de novembro de 1307, o Papa Clemente V emitiu a bula papal Pastoralis Praeeminentiae. Por meio dela, a autoridade católica instaurou um regime de enorme dificuldade para os famosos Cavaleiros Templários — a partir dessa bula, ele instruiu os monarcas cristãos da Europa a prenderem todos os membros dessa ordem militar.

Mas além da prisão, eles também deveriam ter seus bens confiscados em nome da Igreja. O Papa, na verdade, estava sendo obrigado a apoiar a campanha contra os cavaleiros iniciada por Filipe IV da França, que começou a encarcera-los em 13 de outubro de 1307.

Templários condenados à fogueira / Crédito; Wikimedia Commons

Uma grande motivação do monarca francês para essa perseguição era o enriquecimento dos cofres reais. Isso porque na época, a Ordem dos Cavaleiros Templários já acumulava bens e Filipe os tornou alvo. Os cavaleiros, individualmente, estavam sob voto de pobreza; mas a ordem ficara fortemente enriquecida com as pilhagens no Oriente Médio e acúmulo de uma grande frota de navios e outras propriedades.

Mesmo com a orientação do Papa, muitos monarcas não obedeceram ao pedido. Inicialmente, Eduardo II da Inglaterra não acatou a ordem. O rei não acreditou nas alegações levantadas pelo Papa, mas não resistiu muito tempo para seguir o que lhe foi instruído.

As prisões, no entanto, resultaram em um terrível período de julgamentos e torturas. Em Paris, os inquisidores do rei torturaram 138 templários. Também durante esse período, 54 templários foram mandados para a fogueira contra suas supostas ações heréticas.

Em 1309, o Papa iniciou uma investigação da Ordem, que perdurou até 1311 — enquanto isso, ele decidia pela continuidade ou abolição do grupo. Mas em 1312, chegou a uma conclusão: ele deveria abolir a Ordem Templária, e assim o fez.


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