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Matérias / Bizarro

Oliver Plunkett morreu em 1681, entretanto, sua cabeça ainda vive em Igreja da Irlanda

Plunkett, provavelmente, não imaginava que a Igreja Católica preservaria uma insólita lembrança de seu corpo

Daniela Bazi Publicado em 04/12/2019, às 08h00

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A cabeça preservada de São Oliver Plunkett - Wikimedia Commons
A cabeça preservada de São Oliver Plunkett - Wikimedia Commons

Uma relíquia religiosa muito peculiar é mantida há mais de 300 anos na Igreja Católica de São Pedro, localizada em Drogheda, na Irlanda. Se trata da cabeça decepada no século XVII de São Oliver Plunkett.

Beatificado em 1920 e canonizado apenas no ano de 1975 pelo papa Paulo VI, Plunkett foi o primeiro santo da Irlanda em 700 anos. Ele é considerado também o padroeiro da paz e da reconciliação do país em 1997.

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Nascido em Loughcrew, na Irlanda, em 1629, Plunkett viveu exatamente a época de revolta dos irlandeses contra os governantes ingleses, no ano de 1641, e a caça aos católicos que promoviam a fé, na chamada inquisição.

Tornando-se um padre católico em 1650, Oliver tinha como função tentar restaurar a paz e a ordem conforme estabelecido no Concílio de Trento. Plunkett conseguiu manter uma boa relação com os protestantes ingleses até 1673 quando a perseguição ressurgiu, forçando-o a se esconder por cinco anos até ser pego e preso no castelo de Dublin.

O padre foi julgado em Londres e condenado por alta traição, tendo sua pena igual à de todos os hereges da época. Em 1º de julho de 1681, foi enforcado, arrastado e esquartejado em praça pública.

Ator Matheoson Lang na cena em que representa a inquisição espanhola no filme The Wandering Jew / Créditos: Getty Images

As partes desmembradas de seu corpo acabaram sendo enterradas no pátio da igreja de Saint Giles-in-the-Fields, também conhecida como a Igreja dos Poetas, mas anos depois as desenterraram para que fossem enviadas para Roma e Irlanda.

A cabeça do santo foi levada para a Igreja de São Pedro em 1929, onde foi colocada dentro de uma caixa de vidro, e é considerada uma lembrança solene da época marcada pela perseguição religiosa. 


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