Perto de Kiev, 410 corpos foram descobertos e apontam massacre cometido pelas tropas de Putin
A invassão russa na Ucrânia teve um desdobramento perturbador nos últimos dias. O país que vive a ocupação russa disse que 410 corpos foram encontrados próximo de Kiev, o que representa um verdadeiro massacre.
Conforme repercutido pela Reuters, diante do trágico cenário, testemunhas não conseguem falar a respeito do episódio, segundo o principal promotor do país.
O prefeito de Bucha afirma que pelo menos 300 moradores foram dizimados por tropas russas, ao mesmo tempo soldados controlavam Bucha.
A agência de notícias RFI, Bucha foi marcada pela revelação de corpos que estavam com as mãos amarradas nas costas, corpos em valas comuns e até mesmo cadáveres de motoristas esmagados, que foram alvo de tanques de guerra.
Tenho medo que eles voltem", disse uma moradora de Bucha em entrevista à TV francesa France 2. "Todas as pessoas que estavam nas ruas foram mortas. Estávamos aterrorizados para sair, porque se os russos nos viam, atiravam na gente", desabafa ela.
Outro morador até mesmo diz que "Eles paravam as pessoas sem nenhuma razão e as assassinavam".
Volodymyr Zelensky, atual presidente da Ucrânia, não se calou diante do episódio e diz que os responsáveis são "assassinos, torturadores, estupradores e ladrões".
"O mal absoluto invadiu nossas terras", diz ele. Ao mesmo tempo, Zelensky pede que todos os dirigentes "da Federação Russa vejam como suas ordens são executadas".
Moscou não aceitou as acusações e diz que as cenas trágicas são uma 'farsa' que fora armada por governos dos EUA e da Ucrânia com o objetivo de incriminar o país liderado por Vladimir Putin.
"Quem são os maestros desta provocação? Evidentemente os Estados Unidos e a Otan", explica a atual porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, afirmou Maria Zakharova.
Na visão dela, Washington quer 'sujar a reputação da Rússia'. Ao mesmo tempo, autoridades da Rússia também dizem que fotos e vídeos que revelam civis assassinados são 'encenação' feita por 'extremistas ucranianos' que querem atrapalhar as negociações de cessar guerra, conforme repercutido pela RFI.