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Matérias / Reino Animal

Caranguejo-dos-coqueiros, o maior artrópode terrestre do mundo

A espécie gigantesca de pernas que chegam a um metro de comprimento habita atóis nos oceanos Índico e Pacífico

Redação Publicado em 12/12/2021, às 07h00

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O caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro) - Olivier Lejade via Wikimedia Commons
O caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro) - Olivier Lejade via Wikimedia Commons

Alguns animais podem chocar por serem bizarros e gigantes. Esse é o caso do caranguejo-dos-coqueiros, uma espécie especialmente enorme que intriga pesquisadores há anos embora ainda tenha sido pouco estudado pela ciência.

Pelo seu tamanho particular, o caranguejo chegou a ser considerado o maior artrópode terrestre do mundo. Esses animais são identificados pela presença de apêndices articulados e um exoesqueleto quitinoso em seus corpos.

Ou seja, ele não é apenas maior entre sua própria espécie, mas também o maior animal terrestre entre espécies do filo que inclui insetos, aranhas e crustáceos, como destaca a BBC News.

O animal gigante / Crédito: John Tann via Wikimedia Commons

Com nome científico Birgus latro, o caranguejo-dos-coqueiros pode chegar a pesar até 4 quilos, o que equivale ao peso aproximado de um gato doméstico, para se ter uma ideia do tamanho dele.

Além disso, a criatura também tem pernas longas que se estendem por quase um metro de comprimento e chocam qualquer um que entre em contato com eles, pois esses membros os ajudam a escalar coqueiros, como o nome indica.

Embora seja extremamente grande, o caranguejo perde apenas para outro animal da mesma espécie, que vive no meio aquático marinho. Trata-se do caranguejo-aranha-gigante, da espécie Macrocheira kaempferi, que pode chegar a quase 20 kg. Ele precisa viver na água para poder suportar tamanho peso.

Dois espécimes do caranguejo / Crédito: Brocken Inaglory via Wikimedia Commons

O habitat natural do ladrão-de-coco, como também é conhecido, são os atóis nos oceanos Índico e Pacífico, como são chamadas as pequenas ilhas oceânicas em forma de anel da região tropical.

Nesses locais, eles vivem principalmente em tocas subterrâneas, que forram com fibras da casca de coco que se alimentam, para protegê-las. Eles também só vão para o mar com o intuito de depositar seus ovos, diferente da maioria dos animais de sua espécie, sendo em grande parte seres terrestres.

Embora tenham um nome relacionado a coco, os animais possuem uma alimentação mais variada que isso e podem comer frutas suculentas, caranguejos menores e já foram, inclusive, vistos comendo carne, em especial como carniceiros.

No entanto, em 2016, o pesquisador Mark Laidre, da Universidade Dartmouth College, em New Hampshire, registrou um ataque de um espécime do caranguejo a uma gaivota, em um evento observado pela primeira vez por especialistas.

Registro do ataque do caranguejo / Crédito: Divulgação/Mark Laidre

Em vez de focar em um coco, como faria normalmente, ao rasgar a casca em tiras com sua pinça e depois bater na fruta até abri-la, o artrópode decidiu agarrar uma das asas da gaivota e quebrá-la, impedindo o animal de voar.

“As garras do caranguejo dos coqueiros podem gerar força entre 80 e 100 vezes a massa dos seus corpos”, explicou o pesquisador Shin-ichiro Oka, do Centro de Pesquisas da Fundação Okinawa Churashima, no Japão, que avaliou o estudo. “O caranguejo no vídeo parece ter cerca de 2 quilos, então ele seria capaz de quebrar facilmente os ossos da ave”.

A surpresa sobre a espécie acontece porque os animais não foram muito estudados ao longo dos anos e, por isso, pouco se sabe sobre os ladrões-de-coco e seus principais hábitos e características.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) classifica o caranguejo-dos-coqueiros como espécie deficiente de dados (DD), por exemplo, o que dificulta que cientistas saibam quantos deles existem no planeta, por exemplo.

"Historicamente, esse tipo de caranguejo foi alvo de caçadores, mas não por muitas décadas", explicou a especialista Heather Koldewey, da Sociedade Zoológica de Londres, na Grã-Bretanha.

Ela apontou que as ratazanas representam um problema para a sobrevivência dos animais, que acabam servindo de presa. Ainda assim, muitas vezes os caranguejos acabam conseguindo superar as dificuldades e se alimentam dos seus predadores.


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