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Matérias / Personagem

Filha bastarda e matrimônio desastroso: a alucinante vida íntima de Dom João VI

A intimidade do imperador não era muito diferente de episódios turbulentos que o cercavam

Caio Tortamano Publicado em 27/12/2020, às 10h30

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Dom João VI e Carlota Joaquina em pintura oficial - Wikimedia Commons
Dom João VI e Carlota Joaquina em pintura oficial - Wikimedia Commons

Tímido na juventude, Dom João VI teve uma vida pouco sexualmente ativa e, até mesmo influenciada pelo clero português. João vivia cercado de padres e rigorosamente frequentava missas todos os dias — muito menos por devoção a Cristo, mas por uma formalidade da cultura portuguesa da época.

O futuro rei de Portugal e imperador do Brasil sabia de sua posição na cadeia hierárquica, e acreditava que seria importante estar inserido no contexto cultural do reino que seria seu. Oliveira Lima, escritor e historiador brasileiro, explica essa decisão do monarca com a sua visão de que sabia que só teria a ganhar com a Igreja.

Vida no clero

“Seu corpo de tradições e sua disciplina moral, só lhe podia ser útil para o bom governo a seu modo, paternal e exclusivo, de populações cujo domínio herdara com o cetro. Por isso foi repetidamente hóspede de frades e mecenas de compositores sacros, sem que nessas manifestações epicuristas ou artísticas se comprometesse seu livre pensar ou se desnaturasse sua tolerância cética [...]“.

Retrato do imperador Dom João VI / Crédito: Wikimedia Commons

Esse ceticismo refletia no tempo dedicado ao monastério, que era pouco, quando comparado ao tempo gasto na cozinha. Dom João sempre foi um fã da gastronomia, muito por conta do seu paladar insaciável, é fato, mas também porque era uma pessoa inclinada para a observação. 

Casamento infeliz

O português foi alvo de um casamento arranjado ainda na juventude com a filha do futuro rei da Espanha, Carlos IV. Carlota Joaquina foi submetida a quatro dias de testes com embaixadores de Portugal que tinham dúvidas se a espanhola seria "útil" para a sucessão real.

A diferença de idade entre os dois, já em meados do casamento, era assustadora: João tinha 18 anos e Carlota apenas 10. Para que consumassem a união, foi necessário esperar a garota fazer 15 anos. Enquanto isso, o português angustiava de ansiedade e, como alguns historiadores acreditam, sofria com crises de depressão.

A união entre João e Carlota Joaquina era tão desastrosa, que a certa altura da relação do casal eles praticamente se viam somente em reuniões oficiais, quando o protocolo exigia a presença de ambos.

Ambiciosa e impulsiva, Carlota era neta preferida do Rei Carlos III da Espanha, e por isso era obstinada, inteligente e ardilosa, sendo submetida como consorte de uma dinastia extremamente fechada. Por isso, tramou contra João (quando já era o sexto, Rei de Portugal, Algarves e, ainda, Brasil) em diversas ocasiões e quase conseguiu tomar o trono e se tornar rainha absoluta de Portugal algumas vezes.

Carlota Joaquina já adulta / Crédito: Wikimedia Commons

Suposta amante

Por volta de seus 25 anos de idade, João teria se apaixonado por uma das damas de companhia de sua esposa, Eugênia José de Menezes. Os encontrados picantes teriam resultariam em mais um escândalo. Eugênia, quando engravidou, não tinha certeza quem era o pai da criança. Acreditando que o monarca era o pai, acabou sendo enviada para a Espanha para que desse à luz ao bebê. Nasceu uma menina, cujo nome não se tem registro.

A mulher, tendo uma filha com o pai de identidade anônima, viveu o resto de sua vida enclausurada em monastérios e mosteiros. Já sua filha teria sido sustentada durante toda a vida por ninguém menos que Dom João VI, alimentando fortemente as teorias da paternidade.


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